"TAP parcialmente privatizada irá manter a marca e os empregos em Portugal"

O ministro das Infraestruturas assegurou esta sexta-feira, no Parlamento, que a TAP vai manter a marca e os empregos em Portugal, depois da privatização parcial de até 49,9 por cento do capital. Miguel Pinto Luz falou ainda sobre a CP, rejeitando as acusações do Chega sobre "promiscuidade" e "falta de transparência" na transportadora ferroviária.

Joana Raposo Santos - RTP /
Nuno Patrício - RTP

"Fica a garantia: a TAP parcialmente privatizada irá manter a marca e os empregos em Portugal, continuará como plataforma central de distribuição dos voos", garantiu o ministro das Infraestruturas e Habitação, ouvido no Parlamento no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).

O governante realçou que a privatização da companhia aérea é um processo que o Governo quer "totalmente transparente e à prova de bala" e, por isso, cada etapa será seguida e apreciada por uma Comissão Especial de Acompanhamento, "formada por personalidades de reputação inatacável".

O processo vai ser ainda acompanhado por um grupo de trabalho da Assembleia da República, sublinhou.

Relativamente ao novo Aeroporto Luís de Camões, no Campo de Tiro de Alcochete, Pinto Luz vincou que o Governo está a trabalhar para que este "seja uma realidade dentro dos prazos previstos e sem custos para os contribuintes".CP é "casa de gente séria"
Ainda no Parlamento, o ministro respondeu a acusações do Chega sobre "promiscuidade" e "falta de transparência" na CP.

"CP minada? CP com indícios claros de compadrio, de benefício de privados? Convido o senhor deputado, apresente uma queixa ao Ministério Público, faça-o já em relação à CP, porque se eu tivesse esses indícios, eu fazia já", respondeu Miguel Pinto Luz, em resposta ao deputado Francisco Gomes, do Chega, vincando que a CP "é uma casa que trabalha" e "de gente séria".


"Não é só daqui propalar que há corrupção, faça [queixa ao Ministério Público], diga da CP que indícios são esses, que eu não os tenho", desafiou Pinto Luz.

Já em resposta ao PSD, o ministro admitiu que há um problema na manutenção da CP, que "necessariamente tem de ser reforçada" e adiantou que, segundo análise da transportadora, além dos cerca de 200 comboios que vão chegar nos próximos anos, "faltarão outros tantos, possivelmente".Habitação é "prioridade absoluta"
Já na área da habitação, o ministro reafirmou que é uma "prioridade absoluta" para o Governo, "com a consciência plena de que este é um dos problemas que mais preocupam os portugueses".

Pinto Luz elencou as várias medidas "em marcha": investimento na construção de habitação pública, apoio ao arrendamento, deduções de rendas, abrangência do Porta 65 aos jovens, incentivos fiscais para inquilinos e senhorios, descida do IVA, alteração da lei dos solos, garantia pública ao crédito à habitação para jovens, isenção de IMT e Imposto de Selo para primeiras habitações.

Em relação às "dezenas" de imóveis património do Estado identificados para fins habitacionais, Pinto Luz disse acreditar que "cerca de 300 mil fogos hoje inabitados poderão regressar ao mercado" após venda em hasta pública ou mediante parcerias público-privadas com privados ou com municípios.

c/ Lusa

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