Os candidatos são o português Miguel Pais do Amaral, presidente do grupo Leya; o sul americano e dono da companhia de aviação Gérman Efromovich; e ainda David Neelman, o americano que fundou a companhia aérea Azul. Os três apresentaram as propostas pouco antes do fim do prazo. Efromovich, o dono da companhia sul-americana Avianca é um repetente na corrida. Tentou, sem sucesso, em 2012, comprar a TAP. Foi travado pela falta de garantias bancárias. Sobre a proposta agora entregue ao governo ainda pouco se sabe. Nasceu na Bolívia. Tem dupla nacionalidade, brasileira e polaca - o que acaba por ser um trunfo na corrida pela TAP: pode comprar sozinho a maioria do capital como exige a Lei. Outro candidato a entrar neste desafio aéreo é David Neelman, dono da companhia Azul. Filho de americanos, nascido em São Paulo, no Brasil, entra na corrida pela TAP com muito capital próprio, mas leva nesta viagem outros empresários como o português Humberto Pedrosa, o patrão do grupo Barraqueiro. Neelman, considerado o empreendedor no negócio da aviação, para além da companhia Azul, também fundou a Morris Air e a Jet Blue. Pode aterrar em Lisboa à boleia da TAP. Na mala traz a promessa de investir na compra de novos aviões, aumentar o número de rotas da companhia portuguesa, em especial para os Estados Unidos, e a possibilidade de vir a distribuir 10% dos lucros pelos trabalhadores, tal como acontece nas empresas por onde tem passado. Miguel Pais do Amaral é o terceiro candidato a esta privatização. É o voo inaugural deste empresário no negócio da aviação. Pais do Amaral ficou conhecido sobretudo pelos investimentos no sector da comunicação social, ao fundar há 20 anos o Grupo Media Capital. Desde 2007 diversificou ainda mais as áreas de negócio. Tem capital na indústria livreira, é presidente do Grupo Leya, mas também investe em recursos naturais, energias renováveis e imobiliário. Se for cumprido o calendário, daqui a 15 dias o Governo pode anunciar quem ganha os comandos da TAP.
