Tarifas. Seul volta a enviar negociadores a Washington após "redução de diferenças"

Dois altos funcionários sul-coreanos viajam hoje para Washington, poucos dias após regressarem dos Estados Unidos com sinais de avanços importantes nas negociações conducentes a um acordo que reduza as tarifas dos EUA sobre a Coreia do Sul.

Lusa /
Kim Hong-Ji - Reuters

"(Seul e Washington) reduziram as diferenças em várias questões-chave, mas ainda há uma ou duas áreas em que as nossas posições continuam divididas", disse o chefe de gabinete para Assuntos Políticos, Kim Yong-beom, antes de embarcar no Aeroporto Internacional de Incheon, a oeste de Seul, citado pela agência de notícias local Yonhap.

Kim Yong-beom, que acabara de chegar de Washington no domingo, volta a viajar acompanhado pelo ministro da Indústria e Comércio, Kim Jung-kwan, que tinha regressado a Seul na segunda-feira.

O alto representante sul-coreano prevê reunir-se novamente com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, depois de ter anunciado um "grande avanço" no encontro anterior com o mesmo responsável da Administração do Presidente Donald Trump.

As negociações visam concretizar os termos de um pacote de investimento de 350 mil milhões de dólares acordado em julho, destinado a reduzir as tarifas de 25% para 15%.

O principal desacordo reside no facto de Washington exigir o pagamento em dinheiro, enquanto Seul propõe cobri-lo através de empréstimos e garantias de crédito, incluindo um acordo de swap de divisas.

De acordo com declarações recentes das autoridades sul-coreanas, os Estados Unidos mostraram-se abertos a reduzir a proporção do pagamento em dinheiro.

Perante os sinais de progresso, surgiram expectativas de que Seul e Washington anunciem o acordo na próxima semana, durante o encontro previsto entre o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, à margem do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (APEC), que decorrerá na Coreia do Sul.

Kim Yong-beom esclareceu, no entanto, que Seul não tem interesse na assinatura de um acordo parcial apenas para cumprir um prazo específico, sinalizando que as negociações comerciais podem prolongar-se para além do evento de dois dias, que termina a 01 de novembro.
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