Taxa mais elevada desde 1993. Inflação sobe para 7,2% em abril

por RTP
Reuters

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor cifrou-se em 7,2 por cento no mês de abril de 2022, "taxa superior em 1,9 pontos percentuais à observada no mês anterior e a mais elevada desde março de 1993". Números divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

“A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 26,7 por cento (19,8 por cento no mês precedente), valor mais elevado desde maio de 1985, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 9,4 por cento (5,8 por cento em março)”, lê-se no destaque do INE.

O Instituto Nacional de Estatística escreve que o indicador de inflação subjacente – expurgado de produtos alimentares não transformados e energéticos – sofreu igualmente uma aceleração, tendo registado uma variação de cinco por cento, contra 3,8 por cento em março.“A variação mensal do IPC foi 2,2 por cento (2,5 por cento no mês precedente e 0,4 por cento em abril de 2021). A variação média dos últimos doze meses foi 2,8 por cento (2,2 por cento em março)”.


Ainda segundo os últimos dados do INE, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor teve uma variação homóloga de 7,4 por cento, “novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996”.

“Esta taxa é superior em 1,9 p.p. à do mês anterior e inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em março, esta diferença foi de 1,9 p.p.)”, assinala o organismo de estatísticas.

“Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 5,3 por cento em abril (4,1 por cento em março), superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 3,9 por cento), mantendo o perfil ascendente verificado nos últimos meses”.
O IHPC apresentou uma variação mensal de 2,4 por cento, contra 2,6 no mês anterior e 0,5 em abril do ano passado, e “uma variação média dos últimos 12 meses de 2,6 por cento (2,0 por cento no mês precedente)”.
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