Taxas sobem para máximo de seis anos e empréstimos ficam mais caros

A taxa de juro que serve de indexante à maioria dos empréstimos à habitação em Portugal voltou a subir, atingindo o máximo de mais de seis anos.

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As subida das taxas de juro da Euribor terá efeitos nas prestações quando as taxas forem revistas DR

A Euribor a 6 meses aumentou para os 4,667 por cento, o valor mais elevado desde Maio de 2001.

A agitação do mercado monetário europeu, em consequência dos problemas do crédito hipotecário de elevado risco nos EUA, tem estado a pressionar em alta o preço do dinheiro na Europa, sobretudo depois do Banco Central Europeu (BCE) ter injectado dinheiro na economia para garantir a liquidez do sistema financeiro.

Nem a decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed) de reduzir a taxa de desconto em 0,5 pontos percentuais, para os 5,75 por cento, contribuiu para o recuo da Euribor.

A Euribor a três e 12 meses também tocaram hoje nos valores mais altos desde Maio de 2001, nos 4,656 por cento e 4,670 por cento, respectivamente.

Desde finais de Dezembro de 2005 que a Euribor iniciou a tendência de subida, pouco antes do BCE ter começado também o ciclo de subida das taxas de juro de referência da Zona Euro.

Os empréstimos à habitação a taxa variável estão indexados, na sua maioria, à Euribor a 6 meses, pelo que aumentos desta taxa traduzem-se por encarecimentos das prestações mensais dos créditos das famílias portuguesas.

O efeito sobre as prestações não é imediato, devendo ocorrer à medida que forem sendo feitas as revisões das taxas contratadas pelas famílias junto dos bancos.

O mercado espera que este ano a taxa de juro de referência do BCE suba para os 4,25 por cento em Setembro e que volte a subir para 4,5 por cento no final do ano ou princípio de 2008.
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