Termos de troca degradaram-se 10%, com valorização do BCP e queda do BPI
O rácio de troca de acções do BCP por títulos do BPI degradou-se em cerca de 10 por cento desde a apresentação da proposta de fusão, devido à valorização do banco liderado por Filipe Pinhal e à forte queda da instituição presidida por Fernando Ulrich.
Desde 25 de Outubro, dia em que o BPI apresentou a proposta de fusão, e até hoje, o BCP valorizou 4,7 por cento, enquanto o BPI desceu 7,2 por cento, o que significa que o rácio de troca (oferta de meia acção do BPI por cada acção do BCP) deteriorou-se significativamente.
"O rácio de troca hoje é de 1,8 acções [do BCP por cada acção do BPI], o mesmo que antes" da OPA lançada em Março de 2006 pelo BCP sobre o BPI, afirmou hoje o administrador financeiro do maior banco privado português, numa conferência telefónica com analistas.
António Rodrigues voltou a considerar os termos da proposta de fusão do BPI "inadequados e inaceitáveis", até porque não incorporam um prémio para os accionistas do BCP, sublinhando, em resposta à questão de um analista, que "não se pode comparar a contrapartida de 7 euros" feita pelo BCP na Oferta Pública de Aquisição (OPA) com a actual proposta.
Perante esta resposta, uma analista perguntou se o BCP aceitaria a proposta de fusão se esta não incluísse um prémio mas desse ao BCP o controlo da gestão, tendo os responsáveis do banco presentes na `conference call` optado por não se pronunciar.
As acções do BCP encerraram hoje na Euronext Lisboa a cair 2,62 por cento, para 3,34 euros, e as do BPI fecharam a deslizar 3,36 por cento, para 6,04 euros.