Terreno da praça de touros de Espinho foi vendido em leilão por 885.000 euros

Espinho, Aveiro, 07 dez (Lusa) - A Junta de Freguesia de Espinho vendeu hoje o terreno que integra a desativada praça de touros local por 885.000 euros, montante que representa "quatro a cinco vezes" o orçamento anual desta autarquia.

Lusa /

Os 3.000 metros quadrados da área em causa foram arrematados por uma empresa imobiliária que, reconhecendo o "potencial de transformação" dessa zona, fechou o negócio por um preço 85.000 euros acima do valor base de licitação inicialmente anunciado, explicou o presidente da Junta de Espinho, no concelho com o mesmo nome.

"Tivemos duas propostas de compra e, como uma era de 805.000 euros, começámos a licitação nesse valor e o concorrente que tinha oferecido mais pelo terreno arrematou-o logo por 885.000 euros", contou Rui Torres.

"Isto dá-nos dois grandes motivos de satisfação. Por um lado, o de sabermos que vai ser dado um novo uso a um espaço da cidade algo deprimido, que não estaria bem abandonado, mas estava certamente esquecido; e, por outro, o de conseguirmos com esta medida uma receita que representa quatro a cinco vezes o orçamento anual da Junta de Espinho", realçou.

Rui Torres acredita que nascerá assim "uma nova centralidade" na zona sul da cidade, para o que contribuirá o investimento a fazer no terreno entre as ruas 22, 24, 35 e 37.

"O projeto a implementar no local vai contribuir para o desenvolvimento de uma zona que estava estagnada, o que trará benefícios à economia local e irá gerar emprego", explica.

Já no que se refere à situação financeira da Junta, o autarca afirmou que sua gestão se tornará agora mais fácil: "A freguesia tem sido gerida quase sem recursos financeiros e isso agora vai mudar. Mas vamos ter o máximo de zelo na gestão desta verba e seremos muito assertivos nas nossas opções, para garantir que a saúde financeira da Junta se possa manter ao longo dos próximos anos".

Cautelosa mostra-se também a sociedade Pedrotur - Imobiliária Lda., que hoje adquiriu os 3.000 metros quadrados leiloados pela Junta.

"O terreno tem um grande potencial de transformação, mas ainda estamos em fase de avaliar o que queremos construir no local, porque a cidade está a sofrer muitas alterações a sul e queremos considerar todas as possibilidades", declarou o administrador da empresa, Pedro Salgueiro.

Sem se comprometer com prazos de execução, o empresário adiantou, contudo, que a praça de touros será para demolir - já que "não tem viabilidade nenhuma no futuro" - e que em seu lugar deverá surgir uma estrutura que "contará com habitação, escritórios e também comércio".

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