Os utilizadores entre os 15 e os 20 anos estão a deixar para trás o motor de busca Google e a utilizarem cada vez mais o TikTok para procurarem informação. O TikTok revela-se mais rápido e atraente e é considerado por alguns especialistas uma evolução natural de uma sociedade voltada para a imagem.
Por quase duas décadas, o Google dominou o comportamento de busca do consumidor. Pesquisar no Google tornou-se tão natural entre os utilizadores da internet que deu nome ao verbo: Googlar (inpirado do inglês To Google).
Mas a geração Z, nascida nos finais dos anos 90 e primeira década do século XXI, está a preferir a rede social TikTok. Os conteúdos, à base de imagem e vídeos tornam-se mais apelativos e viciantes. "TikTok it" pode mesmo tornar-se no novo slogan da Geração Z para "pesquisar" online.
"Nos nossos estudos, algo como quase 40% dos jovens, quando procuram um lugar para almoçar, não vão ao Google Maps ou à Pesquisa", continuou. "Estes usuários vão para o TikTok ou Instagram afirmou o vice-presidente, Prabhakar Raghavan, que administra a organização Knowledge & Information do Google.
A investigação sugere que as pessoas com 15-20, desenvolvem períodos de atenção mais curtos do que nunca, e por isso querem dados mais rápidos, mais rápidos do que até mesmo o Google pode fornecer.
O uso de vídeo é especialmente atraente para os usuários da Geração Z, que podem obter rapidamente informações sobre tudo o que desejam saber sobre uma determinada tendência, lugar ou moda.
Google contra-ataca
No entanto, o gigante está a tentar contrariar a fuga de utilizadores ao desenvolver um novo recurso chamado "Multisearch" que permite aos usuários pesquisar com uma combinação de texto e imagem valorizando uma experiência mais visual.
"Continuamos a aprender, repetidamente, que os novos usuários da Internet não têm as expectativas e a mentalidade com a qual nos acostumámos" sublinhou Raghavan. E acrescenta que "as perguntas que eles fazem são completamente diferentes".
"Esta geração não tende a digitar palavras-chave de assuntos, mas procuram descobrir conteúdo de maneiras novas e mais imersivas", observou o executivo.