Trabalhadores dos bares dos comboios da CP avançam com greve

Os trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso da CP - Comboios de Portugal vão avançar com uma greve e vigília permanente a partir desta quinta-feira para exigirem o cumprimento do acordo de empresa.

Joana Raposo Santos - RTP /
Foto: João Marques - RTP

O novo concessionário ITAU (Instituto Técnico de Alimentação Humana, S.A.), responsável pelo serviço de refeições dos bares dos comboios de longo curso Alfa Pendular e Intercidades, recusa-se a cumprir o Acordo de Empresa (AE) em vigor”, lê-se numa nota do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.

Segundo o sindicato, a posição do ITAU “é ilegal e constitui uma afronta aos trabalhadores que, de forma justa, lutaram durante muitos anos pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho”.

Garante ainda que o ITAU “tem capacidade para pagar os valores previstos no AE de 2025 e para respeitar, na íntegra, os direitos dos trabalhadores”.

Assim sendo, os trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso Alfa Pendular e Intercidades vão realizar uma greve, com início a 6 de novembro, “para exigir respeito e o cumprimento integral do Acordo de Empresa”.

Entre as exigências estão escalas que respeitem a carga horária de oito horas diárias e de 35 horas semanais; o pagamento do trabalho ao sábado e domingo com um acréscimo de 25 por cento; ou o pagamento dos prémios de responsabilidade e subsídio de transporte.

Os trabalhadores vão concentrar-se à porta da Estação de Campanhã, no Porto, e da Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, a partir das 9h00, e darão uma conferência de imprensa no local pelas 9h30, para comunicar a adesão à greve, as medidas a adotar no seu decorrer e denunciar publicamente a situação”, refere a nota.

“Os trabalhadores também no decorrer da greve vão realizar vigílias/acampamentos permanentes à porta da estação de Campanhã no Porto e Santa Apolónia em Lisboa”, acrescenta.
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