Tribunal de Cantanhede homologa processo de revitalização da Ramos Catarino

Cantanhede, 16 jul (Lusa) -- O Tribunal Judicial de Cantanhede homologou o Processo Especial de Revitalização (PER) da Ramos Catarino, que mereceu o voto favorável de 85% dos credores e a abstenção de 10%, anunciou hoje a empresa.

Lusa /

Com sede no concelho de Cantanhede e "mais de três décadas de atividade", a empresa de construção especializada e reabilitação recorreu ao PER em dezembro de 2013, para se reestruturar e "acautelar os interesses" dos seus clientes, fornecedores e "também dos seus colaboradores", afirmou o presidente da administração, Vítor Catarino.

O recurso ao PER ficou a dever-se à "substancial redução do volume de obras e às dificuldades de acesso ao crédito em Portugal num setor, como o da construção, em que isso é fundamental para a sustentabilidade das empresas", explica aquele responsável, citado numa nota da empresa hoje enviada à agência Lusa.

A Ramos Catarino "conseguiu resistir à gravíssima crise que afetou o setor da construção, não só pelo vasto conjunto de clientes que fidelizou" -- e para os quais "tem continuado a concretizar obras" --, mas também "graças à internacionalização para Espanha, França e Reino Unido, que iniciou em 2007 e que se tem vindo a intensificar", sublinha na mesma nota a empresa.

O PER foi "aprovado por mais de 85% dos votos (registando-se 10% de abstenções), o que significa que mereceu a aceitação da esmagadora maioria dos credores, incluindo os bancos" Espírito Santo (BES), Caixa Geral de Depósitos (CGD), Montepio Geral (MG) e Comercial Português (BCP).

A decisão do Tribunal, homologando o PER, já "transitou em julgado", o que significa que se tornou "definitiva, não sendo passível de recurso", salienta a empresa, referindo que o processo "não foi objeto de qualquer impugnação".

[Este resultado] "reforça a confiança com que encaramos o futuro, pois é eloquente demonstração de que também os nossos credores acreditam na Ramos Catarino e no seu plano estratégico", sustenta Vítor Catarino.

Durante este processo, a empresa "não só prosseguiu com diversas empreitadas que tinha em curso, como ganhou muitas outras obras de considerável dimensão, em diversos pontos do pai", para além das que "tem vindo a conquistar no estrangeiro", assegura a Ramos Catarino.

Para o presidente do conselho de administração, a empresa "está em condições de responder a todos os desafios, com a qualidade e rigor que sempre foram seu apanágio e com a garantia agora proporcionada pelos instrumentos financeiros que virão a ser colocados à sua disposição".

A Ramos Catarino pertence ao Grupo Catarino, que foi fundado, em 1949, em Febres (Cantanhede), onde mantém a sede, e intervém nos setores da "construção especializada e reabilitação, equipamento e decoração de hotéis, `home interior`" e "fileira florestal e madeiras".

 

 

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