Em comunicado, a Unilever, parceira do grupo português Jerónimo Martins para a área industrial, refere que espera obter uma receita, depois de impostos, de mais mil milhões de euros com este negócio, que inclui as marcas Iglo e Birds Eye.

Estas marcas registaram uma facturação de 1,24 mil milhões de euros no ano passado.

O Permira Funds ultrapassou assim o concorrente CapVest, proprietário da empresa Foodvest, uma holding que inclui a empresa de alimentos congelados Findus, presente em países como Portugal, Noruega, Suécia e França, e a britânica Young`s Bluecrest Seafood.

O objectivo da Unilever é concentrar-se em marcas mais rentáveis.

O negócio, que deverá estar concluído no final do ano, não inclui a divisão de alimentos congelados em Itália e a área dos gelados, que a Unilever vai manter.

Após ter sido anunciada a intenção da Unilever de vender parte da divisão europeia de congelados, incluindo a marca Iglo, o presidente da Jerónimo Martins dizia, em Fevereiro, que a decisão "não tem impacto" no grupo, nomeadamente nas suas lojas.

Alexandre Soares dos Santos explicou na altura que a Iglo deixa de vender congelados, mas as cadeias do grupo têm uma marca própria, pelo que a decisão "não tem impacto" no negócio.

O presidente da Jerónimo Martins defendeu que "cada vez é mais difícil" uma multinacional produzir o que outras empresas produzem a preços mais baixos.

Para o responsável é importante que se reconheça a situação e se tomem decisões.

A 09 de Fevereiro, o presidente executivo da Unilever anunciou que pretendia vender a maior parte da presença do grupo na área de alimentos congelados na Europa.

A Unilever é parceira na actividade industrial do grupo Jerónimo Martins, partilhando o capital da Fima (com 49 por cento e 51 por cento para o grupo português), Leverelida (60 por cento Unilever e 40 por cento Jerónimo Martins) e Iglo/Olá (74 por cento Unilever e 26 por cento Jerónimo Martins).

Cerca das 09:45, no mercado europeu, as acções da Unilever seguiam a subir ligeiros 0,05 por cento, para 18,38 euros.

Na bolsa portuguesa, a Jerónimo Martins estava a perder 0,07 por cento, para 13,85 euros.