United chega a acordo amigável com passageiro expulso do avião

por Jorge Almeida - RTP

Depois do escândalo, a companhia aérea aumentou para 10 mil dólares o valor de indemnização caso um passageiro seja convidado a sair do avião. Casos de expulsões à força não se vão repetir, garante o ainda CEO da United.

Após a onda de contestação e de uma acentuada descida do número de passageiros, a United Airlines anunciou que chegou a um acordo amigável com o passageiro, David Dao, expulso de um avião no princípio de Abril, momentos antes de um voo entre Chicago e Louisville, Kentucki.

O advogado do médico, David Dao de 69 anos, Thomas A. Demetrio, anunciou que o seu cliente chegou a um acordo com a companhia. O valor da indeminização foi mantido confidencial.



A expulsão do passageiro do avião da United no aeroporto internacional de O'Hare, em Chicago, foi o resultado de uma sucessão de erros de protocolo da empresa.

O CEO da United, Óscar Munoz, que já renunciou ao próximo mandato, afirmou que a companhia não vai recorrer mais a agentes de segurança para expulsões à força das aeronaves em casos de “overbooking” (excesso de passageiros).

Para evitar mais casos semelhantes, os valores da compensação para os passageiros saírem voluntariamente do avião aumentaram de 1350 para 10 mil dólares.

A expulsão à força de David Dao provocou uma vaga de protestos. Foto: Kamil Krzaczynski - Reuters

Segundo as regulamentações da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), as companhias têm o direito de retirar passageiros de um voo em caso de “overbooking” desde que haja uma compensação.

Na próxima semana, Óscar Munoz deverá ser ouvido numa comissão do congresso norte-americano para explicar o sucedido e apresentar as medidas que a United implementou para que não se repita nenhum caso idêntico.

Uma das medidas que vão entrar em vigor, passa por no momento do processamento do cartão de embarque, perguntar ao passageiro a quantia que deseja caso seja necessário ser convidado a sair do avião.
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