Venda do Novo Banco ao BPCE vai "dificultar-nos a vida" diz Miguel Maya

O presidente executivo do BCP, Miguel Maya, afirmou esta quarta-feira, em Oeiras, Lisboa, que a venda do Novo Banco ao BPCE vai dificultar a vida à sua instituição financeira.

Lusa /

"Foi a solução correta. É um operador com enorme prestígio, que é parceiro do BCP numa operação em França. Vai acrescentar valor e dificultar-nos a vida", considerou Miguel Maya, em resposta aos jornalistas, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do banco.

O presidente executivo do BCP disse ainda que esta escolha vai obrigar o banco a ser mais inovador, acrescentando que não tem "nenhum receio" no que diz respeito a este tema.

Em 13 de junho, a Lone Star chegou a acordo com o grupo bancário francês BPCE para a venda do Novo Banco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.

"O Novo Banco, S.A. ("novobanco" ou o "Banco") informa que o seu acionista maioritário, a Nani Holdings S.à r.l. (uma entidade detida pela Lone Star Funds), assinou um Memorando de Entendimento para a venda da sua posição acionista ao BPCE, por um montante equivalente a uma valorização de aproximadamente Euro6,4 mil milhões, no final de 2025, para 100% do capital social", lê-se num comunicado enviado, na altura, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A venda da participação de 13,54% do Fundo de Resolução no Novo Banco, permitirá um encaixe bruto de cerca de 866 milhões de euros, segundo o Fundo.

Por sua vez, o Governo vai vender ao BPCE o capital do Novo Banco controlado diretamente pelo Ministério das Finanças, acompanhando a alienação dos 75% da Lone Star, num negócio que valoriza o banco em 6.400 milhões de euros.

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