Vivo anuncia interesse em adquirir concessão de licença de terceira geração

A Vivo tem interesse em adquirir uma concessão para operar telefonia móvel de terceira geração, no Brasil, anunciou o presidente da operadora detida em partes iguais pela Portugal Telecom (PT) e pela Telefónica.

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Roberto Lima salientou, durante um encontro do sector, a decorrer até quinta-feira em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, que a operadora participará do leilão de terceira geração a ser promovido pelo regulador brasileiro do sector.

"Temos interesse em comprar um dos lotes de licença nacional", salientou o responsável, numa conferência de imprensa, na feira de telecomunicações, Futurecom, o maior evento do sector na América Latina.

O leilão de concessão para licenças de terceira geração deverá decorrer ainda este ano, segundo anunciou, também em Florianópolis, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg.

Recentemente, a operadora luso-espanhola completou a sua cobertura em todo o território brasileiro, com a aquisição da Telemig Celular, em Minas Gerais, e de uma licença para operar em seis estados da região Nordeste.

Nos últimos meses, a operadora investiu cerca de 385 milhões de euros na criação de uma rede de transmissão GSM, a operar paralelamente à rede com tecnologia CDMA.

Roberto Lima disse que a implantação da terceira geração não deverá gerar receitas, no curto prazo, para as operadoras porque "exige a aquisição de conteúdos" por parte dos utilizadores.

"Acho que a terceira geração pode ser um problema", disse o executivo, referindo-se à nova tecnologia que permite aceder à Internet a partir dos telemóveis em alta velocidade.

Roberto Lima voltou a defender que as operadoras com actuação no mercado brasileiro passem a compartilhar redes de transmissão, nomeadamente em regiões remotas, como forma de reduzir custos.

O presidente da Vivo defendeu igualmente que o Governo brasileiro estimule a produção local de telemóveis.

Segundo referiu, entre Junho de 2006 e Junho deste ano, a produção brasileira de telemóveis diminuiu 44 por cento.

As exportações brasileiras registraram uma diminuição de 25 por cento, no período em análise, para 700 milhões de euros.


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