Wall Street fecha a renovar os recordes dos indices emblemáticos

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje com novos recordes, graças às perspetivas de um desanuviamento comercial sino-norte-americano, enquanto aguarda pela reunião da Reserva Federal (Fed) e resultados empresariais.

Lusa /

Pela segunda sessão consecutiva, os três índices emblemáticos fecharam em máximos históricos: o seletivo Dow Jones Industrual Average avançou 0,71%, para 47.544,59 pontos, o tecnológico Nasdaq valorizou 1,86%, para as 23.637,46 unidades, e o alargado S&P500 progrediu 1,23%, para as 6.875,17.

"Há muito entusiasmo devido à ideia de que Donald Trump admite fazer um acordo comercial com a China", resumiu Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, em declarações à AFP.

O secretário das Finanças, Scott Bessent, anunciou no domingo que Pequim admitia atrasar o início das restrições às exportações das ditas terras raras e de retomar as compras de soja aos EUA.

Em contrapartida, os norte-americanos renunciaram à aplicação de taxas alfandegárias suplementares de 100 pontos percentuais às importações vindas da China.

Mas, relativizou, Patrick O`Hare, da Briefing.com, "ainda nada está decidido". Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, devem reunir na quinta-feira "e depois fazer um anúncio oficial", acrescentou.

Outro elemento que ajudou às valorizações bolsistas foi a expectativa com o resultado da reunião de dois dias de política monetária da Fed, que começa na terça-feira, com os analistas a anteciparem um corte da taxa de juro de referência e um quarto de ponto percentual.

"A questão é saber se Jerome Powell (o presidente da Fed) vai ser ainda mais acomodatício do que se pensa", sublinhou Cardillo.

Por outro lado, Wall Street está em um período particularmente seguido da época de resultados, uma vez que concentra a divulgação de vários conglomerados da tecnologia, casos particulares de Microsoft, Alphabet (Google), Meta (Facebook, Instagram), Apple e Amazon.

Se uma destas empresas divulgar números abaixo do esperado, isso pode "arrefecer o ambiente" e "levantar questões", antecipou Cardillo.

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