Wall Street fecha em baixa e S&P500 vive a pior semana desde início da pandemia

por Lusa

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa naquela que foi a pior semana do índice alargado S&P500 desde o início da pandemia do novo coronavirus.

Os investidores estão a ficar preocupados com a subida da inflação e, cada vez mais, com o grau de agressividade da Reserva Federal (Fed) na subida da taxa de juro de referência para a combater.

Os resultados definitivos do dia indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 1,3%, para os 34.265,37 pontos, e fechou a sua terceira semana consecutiva em queda.

O S&P500 perdeu hoje 1,9%, para as 4.397,94 unidades, e 5,7% no conjunto da semana, o pior declínio semanal desde março de 2020, quando a pandemia enviou a bolsa para o designado `mercado urso` (`bear market`).

Já o tecnológico Nasdaq recuou 2,7%, para os 13.768,92 pontos. Com os investidores na expectativa de a subida das taxas começar em março, as ações das empresas de tecnologia e outras, cujas cotações incorporam ganhos futuros elevados, têm surgido menos apelativas.

O Nasdaq terminou a sua quarta semana consecutiva em baixa, evoluindo agora mais de 10% abaixo do seu mais recente recorde, o que corresponde, na terminologia de Wall Street, a uma "correção de mercado". O valor de hoje do Nasdaq é inferior em 14,3% ao máximo registado em 19 de novembro.

"Como sempre, quando a volatilidade começa, os investidores exacerbam a tendência de descida", disse Nancy Tengler, diretora executiva da Laffer Tengler Investments.

"Os investidores estão a procurar determinar a dimensão da mudança da política monetária em 2022", disse Bill Northey, diretor sénior de investimento no U.S. Bank Wealth Management.

Na próxima semana, a reunião da Fed sobre política monetária vai ter sobre si o olhar dos investidores.

Alguns economistas estão preocupados com a eventualidade de o banco central ter sido lento em agir contra a inflação.

 

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