BE admite a possibilidade de uma nova geringonça, mas com condições

Esta terça-feira, o Bloco de Esquerda acordou cedo. Acompanhou um grupo de trabalhadoras da limpeza numa viagem de autocarro.

Nuno Amaral - Antena 1 /

Foto: via RTP

Estava ainda escuro. O relógio marcava 5h30. Comitiva e jornalistas correram para apanhar o 711 e fazer a viagem da Damaia, na Amadora, até Lisboa.

A defesa dos direitos e a reforma antecipada dos trabalhadores por turnos, é, já se sabe, umas das bandeiras de campanha do Bloco de Esquerda. E hoje, Mariana Mortágua quis dar visibilidade em particular a quem trabalha nas limpezas.

De tarde, a líder do partido esteve no bairro do Zambujal, na Amadora, onde ainda se chora a morte de Odair Moniz, abatido pela polícia em outubro do ano passado. Mortágua aproveitou a visita para se reunir com a associação de moradores.

Pelo meio, ficou uma porta aberta. Mariana Mortágua admite a possibilidade de uma nova geringonça, mas com condições.

É a resposta da líder do Bloco de Esquerda à abertura demonstrada, esta tarde, por Pedro Nuno Santos, o secretário-geral do PS, que diz que a geringonça criada em 2015 lhe deu experiência para dialogar com todos em nome da estabilidade política. 

Mariana Mortágua diz estar disponível se algumas linhas forem cumpridas, mas acrescenta desde já que qualquer eventual acordo com o Partido Socialista tem de ser escrito e assinado.

Reportagem de Nuno Amaral.
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