Pedro Nuno Santos vê PS "subestimado" nas sondagens e "coligação radical" à espreita
Foto: João Alexandre - Antena 1
As sondagens até podem não ser favoráveis para o PS, mas, para Pedro Nuno Santos, o que para muitos é uma certeza, pode ser apenas um cenário sem adesão à realidade: uma vitória da Aliança Democrática e uma potencial coligação entre Luís Montenegro e os liberais.
"Para termos estabilidade, nós precisamos mesmo de uma vitória do PS. Para fazermos a mudança segura que o Governo da AD não conseguiu fazer, porque falhou em toda a linha. E, com a Iniciativa liberal, teríamos uma coligação radical que poria em causa o Estado Social em Portugal", afirmou o líder do PS, que, mais à frente no dia, disse mesmo ser "terrível" essa possibilidade.
Ao longo dos dias de campanha, Pedro Nuno Santos tem insistido que o primeiro-ministro é o principal foco de "instabilidade" no país e que é com o PS que há uma "garantia" de que, tal como pede Marcelo Rebelo de Sousa, seja possível a quem governa fazer passar o programa de Governo e encontrar soluções que permitam a governabilidade.
"O presidente da República pode ficar descansado porque um Governo liderado pelo PS será um Governo de diálogo e de estabilidade. Eu, quando estive nos Assuntos Parlamentares a coordenar negociações com quatro partidos ninguém acreditava que se conseguisse aprovar um e conseguimos aprovar quatro”, disse, ainda antes de chegar à cidade mais alta do país, numa passagem pela Feira de São Bartolomeu, em Trancoso.
Foi lá também que, pressionado a falar sobre sondagens pouco animadoras para os socialistas, respondeu que o PS é "sistematicamente subestimado” e que está confiante na vitória nestas eleições legislativas.
“Nós vamos ganhar as eleições e derrotar estas sondagens, mas há também sondagens onde estamos à frente”, lembrando que, há um ano, a desvantagem para a AD foi de 0,8% da votação.