Política
Presidenciais 2026
Em "fase final". Gouveia e Melo não é arguido no inquérito a ajustes diretos na Marinha
A Procuradoria-Geral da República adianta que o inquérito que incide nos ajustes diretos realizados na Marinha está “em fase final de investigação”.
A Procuradoria-Geral da República adiantou esta terça-feira que se encontra “em fase final” a investigação aos ajustes diretos levados a cabo na Marinha, quando Gouveia e Melo comandava neste ramo das Forças Armadas. O atual candidato à Presidência da República não é arguido, ainda segundo o Ministério Público.
Citada em diferentes órgãos de comunicação social, a Procuradoria-Geral vem assim prestar esclarecimentos um dia depois de a revista Sábado ter noticiado o inquérito, que foi desencadeado em 2017 pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Almada.
Em causa estão ajustes diretos aprovados pelo almirante Henrique Gouveia e Melo entre 2017 e 2020.Em 2024, o Tribunal de Contas emitiu um perdão relativamente a “eventuais infrações financeiras” mas o processo manteve-se em inquérito no DIAP de Almada.
Há quatro anos, a Polícia Judiciária Militar, que tutelava a investigação, entregou ao Ministério Público um relatório pericial e um relatório final nos quais concluía que houve uma concentração excessiva de ajustes diretos à empresa Proskipper, dissolvida em 2022 e cuja atividade passava por “comércio de bens e tecnologias militares e produtos relacionados com a defesa”. A PJM terá identificado 57 contratos suspeitos aprovados pelo almirante Henrique Gouveia e Melo.
Em declarações aos jornalistas na segunda-feira, Gouveia e Melo assegurou que não teve ganhos próprios com estes contratos e explicou que nunca lidou diretamente com fornecedores.
“A Marinha é uma organização muito complexa”, quis vincar o candidato presidencial. “Numa das áreas que eu liderei, nós fazíamos mais de sete mil processos de aquisição anualmente, para alimentar os navios, para as operações, para as bases”.
“Tínhamos uma estrutura administrativo-financeira que fazia isso. Apesar de eu ser o líder dessa secção (…) nunca lidei diretamente com fornecedores, nunca conversei com fornecedores, não conheço os fornecedores”, disse.
“A última palavra não era minha, porque o sistema estava distribuído e as decisões eram tomadas ao nível mais baixo. Eu tinha outras preocupações para além das administrativo-financeiras”. 29 de dezembro de 2025
Gouveia e Melo garantiu ainda que não teve ganhos próprios com estes contratos. “Só ganhei o meu ordenado”, frisou. “Venham acusar-me na cara, e com provas, que eu tive ganhos diretos. Não venham é insinuar”.O almirante achou também curioso que, a menos de três semanas das eleições presidenciais, “apareça uma coisa de 2017 ou 2018”.
“Já ouvi falar da empresa Proskipper por causa dos problemas que agora levantou, mas nunca contactei, não conheço os donos, nem sei exatamente qual era a atividade. Estou completamente a leste desse paraíso”, declarou.
Entre 2010 e 2018, a Proskipper terá formalizado 137 contratos com o Estado. Destes, 124 foram assinados com a Marinha. No total, a empresa arrecadou 2,1 milhões de euros.
Citada em diferentes órgãos de comunicação social, a Procuradoria-Geral vem assim prestar esclarecimentos um dia depois de a revista Sábado ter noticiado o inquérito, que foi desencadeado em 2017 pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Almada.
Em causa estão ajustes diretos aprovados pelo almirante Henrique Gouveia e Melo entre 2017 e 2020.Em 2024, o Tribunal de Contas emitiu um perdão relativamente a “eventuais infrações financeiras” mas o processo manteve-se em inquérito no DIAP de Almada.
Há quatro anos, a Polícia Judiciária Militar, que tutelava a investigação, entregou ao Ministério Público um relatório pericial e um relatório final nos quais concluía que houve uma concentração excessiva de ajustes diretos à empresa Proskipper, dissolvida em 2022 e cuja atividade passava por “comércio de bens e tecnologias militares e produtos relacionados com a defesa”. A PJM terá identificado 57 contratos suspeitos aprovados pelo almirante Henrique Gouveia e Melo.
Em declarações aos jornalistas na segunda-feira, Gouveia e Melo assegurou que não teve ganhos próprios com estes contratos e explicou que nunca lidou diretamente com fornecedores.
“A Marinha é uma organização muito complexa”, quis vincar o candidato presidencial. “Numa das áreas que eu liderei, nós fazíamos mais de sete mil processos de aquisição anualmente, para alimentar os navios, para as operações, para as bases”.
“Tínhamos uma estrutura administrativo-financeira que fazia isso. Apesar de eu ser o líder dessa secção (…) nunca lidei diretamente com fornecedores, nunca conversei com fornecedores, não conheço os fornecedores”, disse.
“A última palavra não era minha, porque o sistema estava distribuído e as decisões eram tomadas ao nível mais baixo. Eu tinha outras preocupações para além das administrativo-financeiras”. 29 de dezembro de 2025
Gouveia e Melo garantiu ainda que não teve ganhos próprios com estes contratos. “Só ganhei o meu ordenado”, frisou. “Venham acusar-me na cara, e com provas, que eu tive ganhos diretos. Não venham é insinuar”.O almirante achou também curioso que, a menos de três semanas das eleições presidenciais, “apareça uma coisa de 2017 ou 2018”.
“Já ouvi falar da empresa Proskipper por causa dos problemas que agora levantou, mas nunca contactei, não conheço os donos, nem sei exatamente qual era a atividade. Estou completamente a leste desse paraíso”, declarou.
Entre 2010 e 2018, a Proskipper terá formalizado 137 contratos com o Estado. Destes, 124 foram assinados com a Marinha. No total, a empresa arrecadou 2,1 milhões de euros.