Seguro diz-se abençoado e confiante na segunda volta
O candidato presidencial António José Seguro mostrou-se hoje confiante que irá à segunda volta, num almoço com apoiantes em que se afirmou abençoado, e alertou para o risco do "reforço de uma tendência totalitária" nestas eleições.
"Fica claro que juntos vamos conseguir estar na segunda volta. Vamos conseguir estar na segunda volta porque é impensável, seria um pesadelo para o país que houvesse uma segunda volta disputada só num campo político", enfatizou.
Seguro falava num almoço que reuniu em Lisboa duas centenas de apoiantes à sua candidatura a Belém, com várias figuras do PS, entre os quais o presidente honorário Manuel Alegre, o líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, os ex-ministros Fernando Medina, Alexandra Leitão, Duarte Cordeiro e Adalberto Campos Fernandes, entre outros.
Para Seguro, depois do dia de hoje "nada ficará como de antes".
Na perspetiva do antigo líder do PS, "eleitores da esquerda, do centro e até alguns da direita percebem a importância do equilíbrio do sistema de Governo" de Portugal tendo alguém com as suas características e com as convicções como Presidente da República.
"Mas ao contrário de outros dos adversários que estão também em possibilidade, segundo as sondagens, de passar à segunda volta, eu não desejo ter na segunda volta André Ventura. Eu quero mesmo derrotá-lo na primeira volta", disse.
Seguro apontou uma diferença entre aqueles que "fazem o pequenino cálculo de saber quem é que é melhor para ganhar a eleição".
"Eu faço o grande cálculo de fazer com que Portugal se volte a unir e seja um povo uno em volta de um projeto de esperança, de um desígnio e de um caminho para Portugal. E há valores que se afirmam sem calculismo em todo o momento", enfatizou.
Ao receber o apoio do PS, o candidato considerou ser "uma pessoa abençoada", sublinhando que o PS, ao longo da sua vida, declarou apoio a Mário Soares, a Jorge Sampaio, a Manuel Alegre.
"E, com as devidas distâncias, também o apoio a este vosso servidor e a este vosso amigo. Sou abençoado, mas isso aumenta a minha responsabilidade, a responsabilidade de estar sempre no combate certo, a responsabilidade de ter sempre a firmeza na defesa dos valores que constam da nossa Constituição da República Portuguesa", considerou, prometendo ser "um Presidente leal à Constituição".
De acordo com Seguro, "todas as eleições são importantes, mas esta é uma eleição muito importante".
"Porque no próximo dia 18 de janeiro, precisamente de hoje a um mês, os portugueses vão ter que escolher entre o reforço de uma tendência totalitária no nosso país e o pluralismo democrático que um Presidente da República deve inspirar", avisou.