25 de Novembro não é pretexto para "campeonato de populismos antidemocráticos que sonham com o regresso de três Salazares"

RTP /

Inês Sousa Real, do PAN, começa por lembrar que o 25 de Novembro, “tantas vezes usado como arma de arremesso, foi um momento em que decidimos que a democracia pluralista não seria um mero parêntesis mas sim a regra”.

“O país estava partido ao meio. Havia barricadas”, recorda, afirmando que “é impossível não olhar para esta sala e ver outra vez trincheiras”. “Não pelas mãos do povo, mas pelos discursos que transformam questões de justiça em arenas culturais, em que a cordialidade entre pares deu lugar tantas vezes à má educação institucionalizada”, declarou.

A porta-voz do PAN sublinhou que o 25 de Novembro “não pode ser um pretexto para gastar milhares de euros em paradas militares ultrapassadas, destinadas apenas a fazer prova de vida num campeonato de populismo antidemocráticos que sonham com o regresso de três Salazares”.

“Abril abriu portas, Novembro consolidou-as. Hoje a escolha é nossa: abrir mais essas portas ou deixá-las enferrujar”, rematou.
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