A Jihad Islâmica divulgou esta quinta-feira um vídeo de dois reféns israelitas, uma mulher na casa dos setenta anos e um jovem adolescente, detidos em Gaza, dizendo estar pronta para os libertar "se as condições de segurança forem adequadas".

"Estamos prontos para libertá-los por razões humanitárias quando as condições de segurança no terreno estiverem reunidas", disse o porta-voz da ala militar da Jihad Islâmica, que luta ao lado do Hamas contra Israel na Faixa de Gaza.

RTP /

Esta é a primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em que este grupo oferece a libertação de reféns, e a primeira vez que divulga um vídeo de reféns para mostrar que ainda estão vivos.

Além do Hamas, a Jihad Islâmica também já reclamou ter na sua posse dezenas das cerca de 240 pessoas mantidas em cativeiro em Gaza.

Nas declarações em vídeo, os dois reféns - que parecem estar sob sinais de `stress` e coação, e cuja localização e estado de saúde não foram especificados -- pedem a sua libertação e agradecem à Jihad Islâmica pelas condições em que se encontram, atribuindo responsabilidades pela sua situação ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

"Agora estou num lugar que não é meu e sinto falta da minha casa, dos meus filhos, do meu marido e de toda a minha querida família. Espero vê-los na próxima semana", disse Katzir, uma refém de 70 anos, sentada numa cadeira de rodas.

O jovem refém, de 13 anos, Yigal Yaakov acrescentou que "sente muita falta da sua família" e apelou ao fim dos ataques israelitas a Gaza, bem como "ao regresso da água, eletricidade e medicamentos" ao enclave.

com Lusa
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