Angola esteve para ser "colonizada duas vezes" em pouco tempo

RTP /

Dirigindo-se aos angolanos, o presidente recordou “a caminhada difícil” em que o país foi forçado “a transpor obstáculos e a enfrentar situações complexas no contexto da Guerra Fria” e em que teve de se bater pela “preservação” da independência e soberania nacional. Após “vencer o colonialismo português, que nos oprimiu e escravizou durante séculos”, Angola teve de “enfrentar o regime retrógrado do apartheid, que representava uma ameaça permanente aos povos de África Austral e de Angola em particular”.

“Uma vez conquistada a paz e criadas as premissas para uma reconciliação nacional, aproveitamos esta oportunidade única para construirmos juntos uma sociedade inclusiva e com igualdade de oportunidades para todos os cidadãos”, continuou João Lourenço, embora reconheça que os “desafios são enormes”.

Angola continua a trabalhar para desminar o território após a guerra.

“Estamos cientes de que há ainda muito por fazer e que a grande obra da promoção do desenvolvimento de Angola não é realizável em apenas duas décadas de paz”, afirmou o chefe de Estado no discurso. “É por isso preciso que cada angolano saiba preservar e valorizar as conquistas alcançadas, para que juntos possamos construir um futuro melhor e Angola se possa orgulhar dos seus filhos”.
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