Biden compara Putin e Hamas. "Querem ambos aniquilar por completo uma democracia vizinha"

RTP /

  • Esta sexta-feira deverá ser aberto um corredor humanitário para a faixa de Gaza. O material de assistência vai chegar numa primeira coluna de duas dezenas de camiões a partir do Egito, onde se encontra o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. O acordo para a abertura da passagem de Rafah foi alcançado entre os presidentes norte-americano e egípcio. Israel não se opõe, desde que a ajuda humanitária não circule por território israelita;

  • Joe Biden falou pela segunda vez da Sala Oval, desde que assumiu a Presidência dos Estados Unidos, para reafirmar o compromisso de conseguir estabilidade para o Médio Oriente;

  • O presidente norte-americano falou também sobre a Ucrânia, garantindo que não quer que as tropas do seu país entrem em guerra com a Rússia. No entanto, assegura que o apoio a a Kiev é para manter. E ensaiou mesmo uma comparação. "O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas partilham isto: querem ambos aniquilar por completo uma democracia vizinha", clamou Biden;

  • A agência Reuters noticia, com base em fontes de segurança, que os complexos militares que ainda albergam forças norte-americanas no Iraque foram atingidas, nas últimas horas, por rockets e drones. Na base aérea de Ain al-Asad, foram ouvidas explosões e os militares iraquianos fecharam todos os acessos àquela estrutura. Desconhece-se se estes alegados ataques causaram vítimas;

  • O primeiro-ministro britânico desloca-se esta sexta-feira ao Egito para abordar o conflito israelo-palestiniano com os interlocutores locais. Rishi Sunak propõe-se discutir "o imperativo de evitar a escalada regional e previnir mais perdas desnecessárias de vidas civis";

  • As Forças de Defesa de Israel estão a retirar a população da cidade setentrional de Kiryat Shmona, próxima da fronteira com o Líbano. A ordem de evacuação foi aprovada pelo ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant. Os habitantes de Kiryat Shmona, com uma população de cerca de 23 mil pessoas, estão a ser realojados em hospedarias financiadas pelo Estado;

  • A guerra entre Israel e o Hamas entra no 14.º dia. Os balanços de vítimas continuam em crescendo. Há notícia de pelo menos 1.300 israelitas mortos e mais de 3.300 feridos desde 7 de outubro, quando o movimento radical palestiniano desencadeou uma ofensiva em solo do Estado hebraico. Na Faixa de Gaza, o número de mortos é agora de 3.785, a maioria vitimada pelos contínuos bombardeamentos aéreos israelitas. Segundo Telavive, Hamas e Jihad Islâmica mantêm como reféns mais de 203 soldados e civis israelitas, além de cidadãos estrangeiros.
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