Bloco de Esquerda diz que programa de governo é "vago, difuso e frágil"

por RTP

Fabian Figueredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, começa por criticar o programa de Governo, considerando que é "vago, incoerente, difuso e frágil", sendo também a "chave do euromilhões das grandes empresas" com maiores lucros.

O responsável bloquista defende que não é por baixar a tributação destas empresas que a situação económica do país vai melhorar. "Portugal é um país em que se trabalha muito por pouco dinheiro", e "um salário não paga uma renda de casa", defende.

Fabian Figueredo argumenta que o programa de governo agrava desigualdades e insiste nas "soluções falhadas do passado". Critica ainda a fraca ambição no que diz respeito ao salário mínimo e salário médio.

Aponta também que não há medidas para baixar rendas da casas, mas que se pretende aumentar o alojamento local.

Fabian Figueiredo argumenta que o programa de executivo espelha um "pensamento antiquado", como se a transição climática estivesse contra a economia. Pede uma "visão para a economia adaptada ao século XXI" que não dê prémios aos "grandes poluidores" e que não se governe para a "minoria privilegiada".

Recorda ainda que a primeira visita de Estado do novo primeiro-ministro será a Espanha, pelo que incentiva Luís Montenegro a associar Portugal à iniciativa do reconhecimento do estado da Palestina, já anunciada em Madrid. Neste campo, desafia o Governo a condenar o "genocídio" na Faixa de Gaza.

O líder parlamentar do Bloco conclui que o programa de Governo apresentado na Assembleia da República "está desenhado para dar tudo a poucos", o que explica a moção de rejeição que será apresentada pelo partido.
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