Chega: "Em casa já ninguém quer saber do 25 de Abril"

por RTP

O presidente do Chega, André Ventura, lança críticas à esquerda e lembra que foram os partidos de esquerda que governaram Portugal nos últimos oito anos. Considera mesmo que o atual líder do PS é um dos grandes responsáveis pelo "atraso português".
 
Insiste que a esquerda nada fez pela habitação, saúde e corrupção e que deixou o país "no maior pântano possível" após o 25 de Abril. André Ventura ironiza também com as moções de rejeição de Bloco de Esquerda e do PCP, partidos com pouca representação parlamentar.

O líder do Chega critica também Luís Montenegro. Diz que, perante o clima criado nas últimas semanas, o novo primeiro-ministro "tem medo do retificativo, do Orçamento de Estado e tem medo da própria sombra", ao assumir governar com o "pior orçamento". Neste ponto, recorda as críticas veementes do próprio líder do PSD ao OE apresentado pelo Partido Socialista em 2023.

Nesse âmbito, André Ventura desafia o presidente do PSD a procurar uma alternativa. "Vamos fazer um retificativo para mudar o país", propõe, contra o orçamento "de impostos máximos e serviços mínimos", como outrora criticou Luís Montenegro.

Ventura faz também uma leitura sobre a transferência de votos para o Chega nas últimas eleições. "Em casa já ninguém quer saber do 25 de Abril", resume, apontando para o desejo de uma resolução dos problemas que afetam os portugueses.

E, ao elencar esses problemas, o líder do Chega fala, entre outros pontos, de uma "invasão de imigrantes", uma intervenção que merece protestos muito audíveis nas bancadas mais à esquerda. André Ventura refere-se depois à necessidade de combater a "ideologia de género" nas escolas portuguesas.

Por fim, o líder do Chega desafia Luís Montenegro a restaurar o SEF ou outra polícia que controle as fronteiras, para fazer face à "imigração descontrolada".
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