Em Tóquio, secretário de Estado norte-americano volta a fechar a porta a apelos a cessar-fogo em Gaza

RTP /

"Todos queremos que este conflito acabe o mais depressa possível. Entretanto, que se minimize o sofrimento civil. Mas, tal como discuti com os meus colegas do G7, aqueles que apelam a um cessar-fogo imediato têm a obrigação de explicar como lidar com o resultado inaceitável que provavelmente se seguiria: o Hamas deixado no mesmo lugar, com mais de 200 reféns, com capacidade e intenção declarada de repetir o 7 de outubro uma e outra vez", argumentou Antony Blinken, em conferência de imprensa.

Quanto ao futuro do enclave, Blinken afirmou que "os Estados Unidos acreditam que elementos-chave não devem incluir a deslocação forçada de palestinianos de Gaza, nem agora, nem depois da guerra".

A Administração Biden pretende ainda que Gaza não possa ser usada "como uma plataforma para o terrorismo ou outros ataques violentos". E exclui uma "reocupação de Gaza". Mais tarde, porém, o chefe da diplomacia norte-americana emendou a mão, ao admitir "um período de transição" sob domínio israelita.

De resto, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 reunidos na capital japonesa anunciaram uma posição comum de condenação do Hamas e apoio ao direito de Israel a defender-se e um apelo a "pausas humanitárias" na Faixa de Gaza. Ou seja, a fórmula ditada por Washington.
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