Fátima, Vigília e o "êxodo" de peregrinos rumo ao Parque Tejo

por RTP

No penúltimo dia de Jornada Mundial da Juventude, o papa Francisco viajou de manhã cedo para Fátima, onde chegou pelas 9h00.

Na Capelinha das Aparições, Francisco pediu uma Igreja acolhedora e “sem portas”, onde todos podem entrar.

"A capelinha onde nos encontramos constitui uma bela imagem da Igreja: acolhedora e sem portas", disse Francisco, num discurso improvisado.

O chefe da Igreja Católica esteve no Santuário durante duas horas, onde rezou pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia. Ficou vários minutos em silêncio em frente da imagem da Virgem de Fátima e ofereceu o Rosário de Ouro ao Santuário.

Estiveram presentes 200 mil pessoas, numa deslocação que ficou marcada pelas orações em conjunto com reclusos e peregrinos portadores de deficiência.

De seguida, Francisco regressou a Lisboa e esteve no Colégio São João de Brito, no Lumiar, onde se encontrou com membros da Companhia de Jesus.

O encontro privado estava previsto para as 18h00, mas o papa chegou ao colégio pelas 16h50 e saiu pouco depois das 18h00, de regresso à Nunciatura Apostólica.

Ao longo do dia, milhares de peregrinos dirigiram-se a pé até ao Parque Tejo sob temperaturas elevadas. A grande maioria caminhou a pé por várias horas nas horas de maior calor, atravessando artérias centrais da cidade como a Segunda Circular ou o IC2.

O cansaço e o calor provocaram uma maior afluência ao hospital de campanha no Parque Tejo, que não teve mãos a medir.

O momento alto do dia aconteceu precisamente no Parque Tejo, por estes dias “Campo da Graça”, onde esteve pelo menos um milhão e meio de pessoas, segundo as estimativas da Santa Sé.

Na vigília com os peregrinos, que começou pelas 20h30, Francisco ouviu os testemunhos de Maria Luís, uma jovem moçambicana de Cabo Delgado, e do padre português António Ribeiro de Matos, que seguiu a sua vocação após um grave acidente.

Ouviu ainda vários momentos musicais a cargo do coro e da orquestra da JMJ, entre outros, incluindo da cantora portuguesa Carminho.

No discurso de cerca de 10 minutos, Francisco apelou à ajuda ao próximo. “O único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para ajudá-la a levantar-se”, afirmou.

O papa enfatizou ainda que “a alegria é missionária” e pediu aos presentes para que levem ao resto do mundo a experiência vivida na JMJ. Francisco esteve cerca de duas horas no Parque Tejo e regressou ao final da noite, chegando à Nunciatura Apostólica pelas 22h50.

No Parque Tejo, milhares de peregrinos pernoitam e aguardam pela chegada do papa para a missa de domingo, o último dia de Jornada Mundial da Juventude e também o derradeiro dia do papa em Portugal para participar no evento.

De acordo com o programa, a Santa Missa começa às 9h00 no Parque Tejo, onde deverá ser anunciada a cidade da próxima Jornada Mundial da Juventude. À tarde, o papa desloca-se ao Passeio Marítimo de Algés para um encontro com os voluntários da JMJ.

Ao final da tarde, pelas 17h50, está prevista uma cerimónia de despedida na Base Aérea de Figo Maduro. O avião parte pelas 18h15 e deverá chegar a Roma já ao final do dia.
pub