Guerra Irão-Israel não deve desencadear nova crise de refugiados

RTP /

As Nações Unidas afirmaram no sábado que a guerra entre o Irão e Israel não deve desencadear uma nova crise de refugiados no Médio Oriente, salientando que, uma vez que as pessoas fogem, não há regresso rápido.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirmou que a intensidade dos ataques entre as duas partes já está a provocar movimentos populacionais em ambos os países.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a intensidade dos ataques entre as duas partes já está a provocar movimentos populacionais em ambos os países.

Os ataques em Israel levaram as pessoas a procurar refúgio noutros locais do país e, em alguns casos, no estrangeiro.

"Esta região já sofreu mais do que a sua quota-parte de guerra, perdas e deslocações. Não podemos permitir que se instale outra crise de refugiados", afirmou Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

"O momento para desativar a situação é agora. Uma vez que as pessoas são forçadas a fugir, não há regresso rápido - e, com demasiada frequência, as consequências prolongam-se por gerações", acrescentou.

O Irão acolhe o maior número de refugiados do mundo, cerca de 3,5 milhões, a maioria dos quais provenientes do Afeganistão.

Se o conflito persistir, as populações refugiadas que já se encontram no Irão enfrentarão também uma incerteza renovada e dificuldades ainda maiores, acrescentou o ACNUR.

A agência apelou a um desanuviamento urgente do conflito e instou os países da região a respeitarem o direito das pessoas a procurar segurança.
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