Israel compromete-se a permitir que ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza

RTP /

  • O Governo israelita afirma que não vai bloquear a ajuda humanitária que chegue a partir do Egito. Em causa está a entrega de alimentos, água e medicamentos para os civis. Contudo, Telavive avisa que essa ajuda não pode chegar às estruturas do Hamas que governam a Faixa de Gaza. A luz verde israelita seguiu-se a um pedido do presidente norte-americano, Joe Biden, no final da visita a Israel;

  • O anúncio de que o Egito aceitou abrir a fronteira de Rafah para deixar passar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza partiu do presidente dos Estados Unidos, que na quarta-feira se avistou com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Telavive;

  • Dezenas de voluntários esperam já a entrega de ajuda humanitária a Gaza. O presidente do Egito rejeita, contudo, a deslocação forçada de palestinianos para o Sinai, argumentando que tal medida transformaria a península numa base para ataques contra o Estado hebraico;

  • As Forças de Defesa de Israel adiantaram, ao início da manhã, que foram destruídas, em 24 horas, "centenas de infraestruturas terroristas do Hamas". O exército israelita, lê-se numa publicação na rede social X, "continua a atacar em permanência ao longo da Faixa de Gaza". Ainda segundo o Tsahal, terão sido visados "locais de lançamento de mísseis anti-tanque, entradas de túneis, infraestruturas de informações, quartéis operacionais e outros quartéis";

  • Os Estados Unidos vetaram, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução tendo em vista um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Esta trégua teria por ojetivo permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A votação do texto, elaborado pelo Brasil, foi adiada por duas vezes nos últimos dias, enquanto Washington tentava mediar o acesso de mantimentos. Doze membros do órgão votaram a favor da resolução. Rússia e Reino Unido abstiveram-se;

  • Israel nega a autoria do bombardeamento do Hospital Al Ahli, em Gaza, atribuindo a explosão ao lançamento falhado de um rocket da Jihad Islâmica. A unidade foi atingida num momento em que os blocos operatórios trabalhavam em turnos consecutivos;

  • O primeiro-ministro britânico encontra-se em Israel. Na antecâmara desta visita, Rishi Sunak sublinhou que "todas as mortes de civis são uma tragédia" e que "demasiadas vidas foram perdidas depois do terrível ato de terror do Hamas". "O ataque ao Hospital Al Ahli deveria ser um momento-chave para que os líderes da região e do mundo se unam e evitem uma perigosa escalada do conflito. Foi assegurar que o Reino Unido esteja na linha da frente deste esforço", vincou;

  • Demiu-se um responsável da agência do Departamento de Estado norte-americano que trabalha nos processos de transferência de armamento para aliados dos Estados Unidos. Josh Paul invocou discordância com a decisão, por parte da Administração Biden, de agilizar o envio de armas a Israel.
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