Israel. Pausas de quatro horas serão declaradas somente em áreas específicas

RTP /

Um alto responsável israelita explicou esta tarde que os períodos de pausa militar humanitária de quatro horas diárias, anunciados há poucas horas pela Casa Branca, irão abranger áreas e bairros específicos no norte de Gaza. 

"Não haverá cessar-fogo", mas "pausas táticas locais para a ajuda humanitária, limitadas no tempo e na área, quatro horas" por dia, disse o porta-voz do exército israelita, Richard Hetch, numa conferência de imprensa

Os ataques irão continuar na área sul de Gaza e alguns bairros nessa zona poderão contudo ser notificados de pausas para os habitantes puderem ir buscar auxílio e recursos, acrescentou. 

Questionado quanto ao início dessas pausas, o mesmo responsável respondeu que se dará "muito em breve".

As forças israelitas têm aprofundado a incursão na cidade de Gaza, visando o coração militar do grupo islamita, perto do hospital al Shifa, o principal centro médico de Gaza, onde têm "forças de infantaria, veículos blindados e engenheiros de combate" com o apoio da força aérea e de unidades de elite.

Nos últimos dias de combate, Israel diz ter destruído também "infraestruturas terroristas, incluindo uma extensa rede de túneis subterrâneos", fábricas de produção de mísseis anti-tanque e locais de lançamento de `rockets`.

De acordo com Hetch, "os combates continuam acima e abaixo do solo, onde há veículos a aceder com equipamento militar para lidar com os túneis" no centro da cidade de Gaza, onde Israel alega que o Hamas tem o seu maior esconderijo militar, sob e à volta do Hospital al Shifa.

Este local, disse, "é um importante reduto no centro da cidade de Gaza", e perto do centro médico "há batalhas muito intensas" para quebrar "a rede de túneis subterrâneos do Hamas".

O porta-voz do exército israelita afirmou ainda que Israel está a autorizar a entrada de mais ajuda humanitária do Egito em Gaza, embora o combustível, essencial para a produção de eletricidade no enclave, continue a não estar disponível, o que faz com que muitos dos hospitais não funcionem ou funcionem em condições mínimas.

Entretanto, as autoridades israelitas reiteram que não vão parar a sua ofensiva até à libertação dos cerca de 240 reféns feitos pelas milícias em Gaza.

com Lusa
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