Líderes africanos elogiam "compaixão" de Francisco

por RTP

Vários líderes políticos e chefes de Estado africanos prestaram homenagem ao apa Francisco destacando o seu “legado de compaixão”.

A partir da sua sede em Adis Abeba, a União Africana (UA) falou de um “firme defensor da paz”.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Mahamoud Ali Youssouf, elogiou no X “o corajoso compromisso do papa com o continente africano, amplificando as vozes dos que não têm voz, defendendo a paz e a reconciliação e mostrando solidariedade para com os afetados por conflitos e pela pobreza”.

Nas 40 viagens que fez ao estrangeiro durante o seu pontificado, Jorge Bergoglio deu clara prioridade às “periferias”, preferindo os países marginalizados da Europa de Leste e de África aos bastiões católicos ocidentais.

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, afirmou no dia X que o papa deixou um “legado de compaixão, humildade e serviço à humanidade”.

O presidente eleito do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, um católico devoto, enviou as suas “sinceras condolências a toda a comunidade católica do Gabão e de outros países”.

O general, que liderou o golpe de Estado de 30 de agosto de 2023 e obteve mais de 90% dos votos expressos numa eleição realizada na semana passada, acrescentou: “A sua mensagem de fé, paz e humildade continuará a ser uma fonte de inspiração”, afirmou no X e em várias outras redes sociais.

Por seu lado, o presidente do Quénia, William Ruto, elogiou no X o seu “compromisso inabalável com a inclusão e a justiça e a sua profunda compaixão pelos pobres e vulneráveis”.

Francisco “deu um exemplo de liderança ao serviço dos outros”, acrescentou o Presidente do Quénia, um país muito religioso da África Oriental.

Durante os seus 12 anos de pontificado, o primeiro papa jesuíta e sul-americano da história defendeu incansavelmente os migrantes, o ambiente e a justiça social, sem pôr em causa as posições da Igreja sobre o aborto ou o celibato dos padres.
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