Marcelo Rebelo de Sousa: "Entre o risco da violência e a temperança, no 25 de Novembro venceu a temperança"

RTP /

Na sua última intervenção na Assembleia da República enquanto presidente, Marcelo Rebelo de Sousa quis falar dos portugueses e de Portugal.

“Capazes do melhor no heroísmo dos momentos decisivos, às vezes menos consistentes no heroísmo anónimo de todos os dias. Mas, no heroísmo anónimo, melhor o povo do que as chamadas elites – mais batalhador e liderante do que elas”, declarou.

O presidente considerou que “não somos perfeitos, cometemos erros, que o eram na altura e outros só o são ou são sobretudo à luz das ideias de hoje, mas prosseguimos um caminho que fez de nós um país multicultural, uma pátria aberta ao mundo e nele muito prestigiado”.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou que a temperança, o equilíbrio, a sensatez, a moderação dos portugueses no 25 de Novembro talvez tenham sido mais evidentes “do que em tantos lances durante a Revolução”.

“Entre o risco da violência e a temperança, no 25 de Novembro venceu a temperança”, sustentou.

Considerando que a pátria ganhou com esses acontecimentos, o presidente afirmou que “não houve regresso ao passado derrotado em abril de 1974, mas também não houve construção de um futuro imediato”.
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