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Portugal reconhece oficialmente Estado palestiniano
Portugal já reconheceu oficialmente o Estado da Palestina. Num discurso em Nova Iorque, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse que "Portugal preconiza a solução de dois Estados como única via pela paz justa e duradoura".
“Hoje, o Estado português reconhece oficialmente o estado da Palestina”, começou por declarar Rangel, salientando que a decisão partiu de uma convergência do presidente da República com a maioria dos partidos com assento parlamentar.
O reconhecimento é a “concretização de uma linha fundamental, constante e consensual da política externa portuguesa”, disse, salientando que a solução de dois Estados é “a única via para a paz”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que a declaração acontece depois de se terem verificado as condições colocadas pelo Governo de Luís Montenegro. “Portugal só avançaria em conjunto com um grupo de Estados ocidentais que ao longo do tempo partilharam posições sobre esta matéria, e se houvesse um efeito útil, palpável e consequente da declaração em causa”, afirmou.
Rangel lembra que “esta declaração não apaga a catástrofe em Gaza” e salienta que “é essencial e urgente” um cessar-fogo e a libertação dos reféns.
"Neste dia em que Portugal reconhece o Estado da Palestina e em que reafirma a sua vontade de fortalecer as profundas e antigas relações de amizade do povo português com o povo israelita e as renovadas e auspiciosas relações de amizade com o povo palestiniano, exortamos, do fundo dos nossos corações, a que cessem todas as hostilidades, a que se dê uma oportunidade ao restabelecimento da ajuda humanitária, a que se abra uma fresta de luz para a paz", disse Paulo Rangel.
“É tempo de dar os passos necessários para a paz”, rematou.
“É tempo de dar os passos necessários para a paz”, rematou.
Portugal juntou-se assim ao Reino Unido, Canadá e Austrália, que comunicaram essa decisão ao início da tarde de hoje, tornando-se o 13.º país da União Europeia a reconhecer o Estado palestiniano.