Protestos em Beirute em solidariedade com palestinianos de Gaza

RTP /

Vários milhares de pessoas participaram num comício no centro de Beirute, este domingo, em apoio aos palestinianos em Gaza, com os organizadores a exortarem os países árabes a terminarem os esforços para normalizar os laços com Israel e a apelarem à Síria para se juntar à guerra.

A manifestação, organizada conjuntamente pelo grupo palestiniano Hamas, que controla Gaza, e pelo grupo islamita sunita libanês Jama'a Islamiya, inspirado na Irmandade Muçulmana, teve lugar perto da Praça dos Mártires, avança a Reuters.

Os manifestantes agitaram bandeiras palestinianas e as bandeiras das brigadas Al-Qassam, o braço armado do movimento Hamas, durante a manifestação, que ocorreu no momento em que as forças israelitas expandiram as suas operações terrestres em Gaza, parte do que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou a segunda fase de uma guerra que já dura há três semanas.

"Parem o genocídio de Gaza", lia-se uma faixa.

Os manifestantes também entoaram cânticos: "Deus é o nosso objetivo, a jihad é o nosso caminho".

"Dizemos ao Egito que tem hoje a melhor oportunidade para reclamar a liderança do mundo árabe e islâmico, assumindo uma posição clara e corajosa", disse Omar Haymour, vice-secretário-geral da Jamaa Islamiya, à multidão, instando o Cairo a abrir a passagem fronteiriça de Rafah para a ajuda humanitária a Gaza.

O grupo acrescentou que o seu braço armado levou a cabo um ataque com foguetes contra Israel durante os últimos confrontos na fronteira libanesa, onde o Hezbollah, apoiado pelo Irão, também tem trocado tiros com as forças israelitas nas últimas semanas.

Haymour apelou ainda aos países árabes que assinaram acordos de paz com Israel para expulsarem os embaixadores israelitas e instou a Síria, que não tem um acordo de paz com Israel, a juntar-se à guerra ao lado do Hamas.

A televisão estatal síria afirmou que os ataques aéreos israelitas visaram os aeroportos internacionais de Alepo e Damasco no início deste mês. O presidente Bashar al-Assad não comentou os ataques.
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