Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, considerou em conferência de imprensa que os vídeos de dois reféns israelitas do Hamas, publicados esta quinta-feira por militantes palestinianos, são "um sinal de vida importante".

"Para já irei ignorar a questão da sua libertação", admitida condicionalmente pela Jihad Islâmica, acrescentou, explicando que isso iria fazer o jogo "de guerra psicológica" do grupo. "Antes de acontecer qualquer coisa, os primeiros a ser informados serão as famílias", frisou. 

A Jihad Islâmica publicou vídeos de um adolescente e de uma mulher de setenta ano, prometendo liberta-los por razões humanitárias e médicas "se as condições de segurança forem adequadas". 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a afirmar esta quinta-feira que o cessar-fogo exigido pela comunidade internacional para a Faixa de Gaza está dependente da libertação dos 240 reféns que permanecem nas mãos do Hamas há mais de um mês.

Netanyahu apelou ainda os civis de Gaza a fugiram rumo ao sul, das áreas afetadas pelos bombardeamentos e pelos confrontos entre soldados israelitas e elementos do Hamas, até agora confinadas ao norte do enclave.

A Casa Branca confirmou que Israel irá iniciar pausas de quatro horas nos ataques a partir desta quinta-feira, para permitir a fuga dos civis, admitindo que "não há possibilidade" de tréguas generalizadas no enclave. 

Israel explicou depois que estas pausas humanitárias serão localizadas e avisadas com com três a quatro horas de antecedência. "Não irão afetar o avanço militar", referiu Hagari. 

Foram ainda anunciados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos dois corredores humanitários a ligar o norte e o sul da Faixa de Gaza para permitir a fuga dos civis.