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Tanques israelitas entram em Gaza para incursão contra "células terroristas"
- As Forças de Defesa de Israel confirmam ter efetuado, durante a noite, uma incursão limitada no norte de Gaza com recurso a tanques, precisando que foram atingidas "numerosas células terroristas, infraestrutura e postos de lançamento de mísseis antitanque";
- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou que está em preparação uma invasão terrestre de Gaza, sem todavia avançar com quaisquer detalhes de calendário;
- A ONU alerta para a possibilidade de Gaza ficar sem combustíveis nas próximas horas e assinala que os hospitais locais só estão a receber situações urgentes;
- A Organização Mundial da Saúde exorta o Hamas a dar provas de vida das pessoas que mantêm reféns. Na rede social X, o diretor-geral da organização afirmou-se "severamente preocupado". Serão mais de 200 as pessoas em cativeiro desde 7 de outubro, dia em que o movimento radical palestiniano desencadeou a ofensiva contra Israel. A OMS apela à libertação para que possam receber tratamento médico. Muitos sofrem de problemas de saúde que requerem assistência urgente;
- Os líderes da União Europeia voltam a reunir-se esta quinta-feira para pedir uma pausa humanitária em Gaza e negociações, tendo em vista uma solução de dois Estados. Em carta-convite enviada aos 27 chefes de de Estado e de governo, o presidente do Conselho Europeu sublinha que "a situação no Médio Oriente é uma tragédia" e que o quadro humanitário em território palestiniano motiva grande preocupação. Charles Michel apela aos líderes europeus para que tomem uma posição visando "garantir urgentemente a prestação efetiva de ajuda humanitária e o acesso às necessidades mais básicas";
- Portugal preferia apelar a um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza, mas a nível da União Europeia foi o conceito de pausa humanitária que mereceu consenso;
- Rússia e China vetaram a resolução dos Estados Unidos sobre o conflito israelo-palestiniano. O texto norte-americano foi redigido a assentar no princípio do "direito de autodefesa" de Israel e excluía um cessar-fogo, defendendo, antes, uma denominada pausa humanitária para a assistência à população de Gaza. Dez membros votaram a favor da resolução e dois abstiveram-se;
- O secretário-geral das Nações Unidas afirmou-se chocado com as interpretações que se seguiram às suas palavras perante o Conselho de Segurança sobre o conflito no Médio Oriente. António Guterres sustenta que não quis descupabilizar quaisquer atos de terrorismo;
- O embaixador de Israel em Portugal considera que as declarações de António Guterres foram um erro. Dor Shapira sublinha que, depois dos acontecimentos de 7 de outubro, não pode haver qualquer espaço para justificar as ações do Hamas;
- O presidente em exercício do Governo espanhol manifestou apoio incondicional a António Guterres. O socialista Pedro Sánchez considera que o secretário-geral da ONU apenas pediu uma pausa humanitária para que a ajuda possa chegar a Gaza de modo sistemático.