"A linha tem agora uma eficácia de cerca de 90 por cento, o que significa que de todas as chamadas feitas para o serviço, perto de dez por cento não cheguem a ser atendidas", afirmou o coordenador da Linha Saúde 24, à agência Lusa.

Sérgio Gomes frisou que "o objectivo a curto prazo passa por aumentar a equipa para 600 enfermeiros, que dêem resposta a 20 mil chamadas diárias", acrescentando que "a longo prazo, a equipa está ainda equacionar a hipótese de, durante o pico de novos casos de gripe, se atingir uma dimensão de 30 mil chamadas diárias, para os quais serão necessárias entre 800 a 900 enfermeiros".

Desde que foi decretada a pandemia de gripe A o serviço já registou por várias vezes situações de incumprimento, no entanto, de acordo com o contrato firmado com a empresa que gere a Linha Saúde 24, só com uma taxa de incumprimento superior a 15 por cento é que existem penalizações.

Sérgio Gomes recordou "que logo no primeiro trimestre da sua actividade, em 2007, a empresa que a Linha Saúde 24 sofreu penalizações no valor de 250 mil euros, e em relação ao segundo trimestre as penalizações foram de 140 mil euros".

Francisco George, director-geral de Saúde, reconheceu, no final de Agosto, que a linha apresentava uma taxa de eficácia inferior ao desejável desde Julho.

O principal argumento apresentado para as dificuldades foi a falta de pessoal, tendo sido feito, no final de Agosto, um recrutamento de enfermeiros.