Banco Mundial concede mais 540 milhões de euros a Kiev

por Lusa
Valentyn Ogirenko - Reuters

O Banco Mundial anunciou que irá conceder um apoio adicional no valor de 530 milhões de dólares (540,6 milhões de euros) para permitir à Ucrânia "responder às necessidades urgentes causadas pela invasão russa".

O apoio, que assume a forma de um empréstimo, através do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, é garantido pelo Reino Unido, no valor de 500 milhões de dólares (510 milhões de euros), e pela Dinamarca, no valor de 30 milhões (30,6 milhões de euros), revelou na sexta-feira o Banco Mundial, num comunicado.

"O balanço da destruição e danos na Ucrânia é impressionante e continua a aumentar. O apoio da comunidade internacional até agora tem sido impressionante (...). O povo ucraniano enfrenta um longo caminho para a reconstrução e os parceiros continuarão a apoiar", garantiu no comunicado a vice-presidente do Banco Mundial para a Europa e Ásia Central, Anna Bjerde.

O Banco Mundial já tinha disponibilizado, no total, assistência financeira de emergência no valor de 13 mil milhões de dólares (13,26 mil milhões de euros), do quais 11 mil milhões de dólares (11,22 mil milhões de euros) já foram desembolsados.

Também na sexta-feira, o Congresso norte-americano aprovou um projeto de lei que inclui cerca de 12,3 mil milhões de dólares (12,55 mil milhões de euros) em assistência económica e de segurança à Ucrânia para fortalecer a defesa do país a curto e longo prazo contra a invasão russa.

Os Estados Unidos já gastaram 65 mil milhões de euros em apoio à Ucrânia desde o início da guerra.

No início de setembro, o Banco Mundial avaliou o custo "atual" da reconstrução da Ucrânia em 349 mil milhões de euros, e precisou que "deverá aumentar nos próximos meses e quando a guerra prossegue".

A economia da Ucrânia entrou em colapso desde o início da guerra, com o Banco Mundial a prever uma queda de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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