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Borrell vê "melhoras" na relação entre EUA e Rússia no G20

por Inês Moreira Santos - RTP
Francis Mascarenhas - Reuters

O chefe da diplomacia europeia admitiu, esta sexta-feira, que viu melhoras nas relações diplomáticas com Moscovo depois de uma reunião à margem do G20, na Índia, na qual o secretário de Estado dos Estados Unidos terá conversado "brevemente" com o homólogo russo.

Foi a primeira vez, desde que o Kremlin ordenou a invasão à Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, que Antony Blinken e Sergei Lavrov voltaram a trocar declarações cara a cara. De acordo com Josep Borrell, esta foi uma “pequena melhora” a nível diplomático com a Rússia, apesar de se manterem as divisões sobre o conflito.

Segundo Borrell, o chefe da diplomacia russa desta vez permaneceu na sessão quando os países ocidentais condenaram a Rússia pela sua invasão, durante a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G20. Recorde-se que, em novembro passado, numa reunião do G20 na Indonésia, Lavrov saiu da sala após os líderes ocidentais fazerem declarações de condenação à ofensiva russa.

"Pelo menos desta vez ele ficou e ouviu. É uma pequena melhora, mas é importante", disse o chefe da diplomacia europeia durante o Raisina Dialogue, fórum organizado em Nova Déli.

"Acho que é melhor do que nada", acrescentou Borrell, que também se manifestou contra qualquer exclusão da Rússia do G20. "Devemos manter os meios para falar, ou pelo menos para ouvir se não falarmos".

Por seu lado, Sergei Lavrov acusou o Ocidente de pressionar os países em desenvolvimento a voltarem-se contra a Rússia. Durante um discurso no fórum Raisina Dialogue esta sexta-feira, o chefe da diplomacia russa voltou a repetir que um desejo dos países ocidentais é submeter a Rússia a "uma derrota estratégica".

"Isso, dizem eles, é uma questão existencial para o Ocidente no contexto da dominação global", afirmou Lavrov.


C/agências
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