"De imediato". Embaixada dos EUA na Rússia pede a cidadãos que abandonem o país
A embaixada dos Estados Unidos na Rússia emitiu um novo alerta de segurança para os cidadãos norte-americanos, pedindo-lhes que deixem o país "de imediato", apesar dos poucos voos comerciais disponíveis devido à invasão russa da Ucrânia. A instituição diplomática apelou ainda que não viajem para território russo.
Embora as opções de voos comerciais sejam “extremamente limitadas”, neste momento, as “rotas terrestres de carro e autocarro ainda estão abertas”.
“Se desejarem sair da Rússia, deve fazer os preparativos necessários o mais rápido possível”, apela a Embaixada num comunicado, esta quarta-feira.
A embaixada dos EUA admite ter “severas limitações na capacidade de ajudar os cidadãos dos EUA, e as condições, incluindo opções de transporte, podem de repente tornar-se ainda mais limitadas”.
"Os cidadãos norte-americanos não devem viajar para a Rússia e aqueles que residem no país ou em território russo devem partir de imediato", disse ainda a representação diplomática, garantindo que vai fornecer todas as informações relevantes sobre as possibilidades de acesso aos países vizinhos.
A embaixada lembrou ainda os cidadãos “que o direito à reunião pacífica e à liberdade de expressão não são garantidos na Rússia”, apelando que evitem “todos os protestos políticos ou sociais”.
“As autoridades russas prenderam cidadãos norte-americanos que participaram em manifestações”.
Também a Polónia e a Bulgária apelaram, esta quarta-feira, a que os seus cidadãos abandonassem a Rússia o mais rápido possível, uma vez que receiam que se torne cada vez mais difícil abandonar o território russo.
Recorde-se que o anúncio de Moscovo da mobilização de 300 mil reservistas, feito na semana passada, está a desencadear o êxodo de um grande número de homens russos em idade militar que se recusam a lutar na Ucrânia, alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro passado.