França vai acolher reunião de aliados da Ucrânia na quinta-feira

Paris será, na quinta-feira, palco de um novo encontro entre os países aliados da Ucrânia, com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a liderarem a reunião. O encontro foi confirmado à RTP por uma fonte da Presidência francesa.

RTP /
Foto: Manon Cruz - Reuters

A reunião deste grupo de países que apoiam a Ucrânia irá realizar-se em formato híbrido e terá como foco as garantias de segurança para Kiev e a recusa de Moscovo em alcançar a paz, adiantou o Eliseu.

Keir Starmer e Zelensky serão alguns dos elementos que estarão em Paris. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também já confirmou que irá à capital francesa.

Após a reunião de agosto entre representantes europeus e norte-americanos realizada em Washington, na qual também participou o presidente ucraniano, os chefes de Estado e de Governo irão agora discutir o trabalho realizado nas últimas semanas para garantir a segurança da Ucrânia e fazer um balanço das consequências da persistente recusa da Rússia em firmar a paz.

Uma fonte diplomática europeia da agência France-Presse tinha anunciado, durante esta manhã, um encontro na quinta-feira, em Paris, entre Volodymyr Zelensky e vários "líderes europeus", numa altura em que os esforços de Washington para pôr fim à invasão russa na Ucrânia parecem ter estagnado.

"Está prevista uma reunião" para discutir garantias de segurança para a Ucrânia "e para fazer avançar a diplomacia, porque os russos estão novamente a fugir", disse esta fonte à AFP.

A participação do presidente dos EUA, Donald Trump, na cimeira de Paris "não está prevista de momento", acrescentou.

Os esforços diplomáticos para encontrar uma saída para a guerra na Ucrânia aceleraram nas últimas semanas sob a liderança de Trump, que se encontrou em agosto com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca, e com o presidente ucraniano pouco tempo depois.

Kiev tem acusado Moscovo de estar a ganhar tempo e a fingir que quer negociar para preparar novos ataques.

O exército russo controla atualmente cerca de 20 por cento do território ucraniano e está em vantagem na linha da frente. Na semana passada lançou o segundo maior ataque desde o início da ofensiva.

c/ agências
Tópicos
PUB