Guerra na Ucrânia. Alemanha anuncia nova ajuda militar de 1.300 milhões de euros

por Lusa

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, anunciou hoje, numa visita a Kiev, que Berlim vai enviar para a Ucrânia um novo pacote de ajuda militar no valor de 1.300 milhões de euros, noticiou a agência noticiosa estatal ucraniana.

"É uma honra e um prazer anunciar um novo pacote [de ajuda] durante a minha visita aqui", disse Pistorius durante uma reunião com o homólogo ucraniano, Rustem Umerov, citado pela Ukrinform.

Pistorius explicou que o pacote incluirá "quatro sistemas IRIS-T SLM [defesa antaérea], munições de 155 mm e minas antitanque" para apoiar as forças armadas ucranianas na luta para repelir a invasão russa do país iniciada a 24 de fevereiro de 2022.

A Alemanha tornou-se um dos principais fornecedores de assistência militar à Ucrânia e Berlim comprometeu-se a ajudar Kiev a reforçar a proteção da população e do sistema energético contra a possibilidade de a Rússia lançar uma nova campanha de ataques maciços às infraestruturas civis.

Segundo a imprensa alemã, além dos quatro IRIS-T, que se juntam a outros oito prometidos até agora, o pacote inclui também cerca de 60 `drones` (aparelhos voadores não tripulados) e duas dúzias de sistemas de radar anti `drone`.

No entanto, a Alemanha ainda não forneceu unidades dos tão esperados mísseis Taurus, que o chanceler alemão, Olaf Scholz, se recusa a fornecer.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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