Ministros da Defesa da NATO analisam guerra na Ucrânia

por Lusa
Mark Rutte lidera a reunião numa altura em que as tensões geopolíticas estão tensas Leszek Szymanski - EPA

Os ministros da Defesa dos 32 Estados-membros da NATO reúnem-se em Bruxelas, um dia depois dos líderes dos Estados Unidos e da Rússia terem assumido o compromisso de iniciar “de imediato” negociações sobre a guerra na Ucrânia.

O conflito na Ucrânia tem sido um dos principais focos de preocupação dos aliados durante os últimos quase três anos e impôs novos desafios à segurança europeia.

Na véspera do encontro, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, defendeu que os países europeus da organização devem gastar "muito mais" na sua defesa, fazendo eco das exigências urgentes nesse sentido do presidente norte-americano, Donald Trump.

Numa recente declaração no Fórum Económico Mundial em Davos, Trump voltou a pedir aos aliados europeus para que elevem as suas despesas militares para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), mais do dobro do atual objetivo de 2%.

Esta será a primeira reunião da Aliança Atlântica que vai contar com a presença do novo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth. Portugal vai estar representado por Paulo Vizeu Pinheiro, embaixador e representante permanente junto da NATO.

A reunião acontece um dia depois de Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, terem mantido uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar “de imediato” negociações sobre o assunto.

Posteriormente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou ter falado igualmente ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as “possibilidades de alcançar a paz” na Ucrânia.

Numa reação à conversa entre Trump e Putin, os chefes das diplomacias espanhola, alemã e francesa frisaram que qualquer decisão sobre a Ucrânia terá de envolver sempre Kiev e os aliados europeus.
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