Mundo
Guerra na Ucrânia
Presidente indonésio abre cimeira do G20 a pedir fim da guerra na Ucrânia
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, apelou esta terça-feira ao fim da guerra na Ucrânia, durante a abertura da cimeira do G20, que reúne na ilha de Bali as principais economias do mundo.
"Devemos acabar com a guerra", disse Widodo na abertura oficial do evento.
A maioria dos membros do G20 condena a guerra na Ucrânia e destaca as devastadoras consequências humanas e económicas globais, numa declaração que deverá ser aprovada na cimeira do grupo em Bali, segundo a agência EFE.
O texto, ao qual a agência de notícias teve acesso, menciona a "guerra na Ucrânia", ao contrário do que se esperava, devido à firme oposição de Moscovo em referir-se desta forma ao conflito que iniciou contra o país vizinho.
Ainda de acordo com a EFE, o documento destaca o "imenso sofrimento humano" e os problemas que a guerra provocou à escala global em termos de abastecimento energético, segurança alimentar ou riscos de instabilidade financeira, embora também dê a conhecer as diferentes posições dos 20 países sobre a questão.Nenhuma reunião ministerial do G20 desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, logrou emitir um documento de consenso devido às diferenças entre os membros quando se trata de incluir alusões ao conflito e em que termos fazê-lo.
A declaração conjunta admite que houve "outras posições" sobre a situação na Ucrânia durante as discussões em Bali e reconhece que o G20 não é o evento mais indicado para a resolução de questões de segurança como esta.
A declaração, que ainda deve ser aprovada pelos líderes do G20, entre a sessão de hoje e a de quarta-feira, vai ao encontro do que foi avançado pelos representantes da União Europeia e dos Estados Unidos, promotores de uma condenação firme de Moscovo nesta cimeira.
À margem da cimeira do G20 têm decorrido vários encontros entre chefes de Estado. Ontem Joe Biden e Xi Jinping estiveram reunidos. O líder chinês manteve também um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macrom.
Com o presidente norte-americano a criticar as "ações cada vez mais agressivas" da China em relação a Taiwan e Xi Jinping a enfatizar que essa questão "é a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada" nas relações entre os EUA e a China. Apesar disso, Biden acredita que "não há qualquer tentativa iminente" por parte da China de invadir Taiwan e defende que "não é preciso haver uma Guerra Fria" entre Washington e Pequim.
Emmanuel Macron "pede que a China contribua para (...) enviar mensagens ao presidente Putin para evitar a escalada e voltar seriamente à mesa de negociações", indicou a presidência francesa.
“Não temos outra opção. A nossa colaboração é imprescindível para salvar o mundo. Todos temos essa responsabilidade. Ser responsável aqui também significa que temos de pôr fim à guerra”, acrescentou o líder indonésio, que espera que o encontro seja um espaço de diálogo entre todas as partes.
Para Joko Widodo, “se a guerra não acabar, será difícil o mundo avançar. Não devemos dividir o mundo em partes. Não devemos permitir que o nundo caia noutra guerra mundial”.
Esta é a primeira cimeira do G20 desde que começou a guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, e a falta de consenso entre os participantes poderá refletir-se na declaração final conjunta, como aconteceu na cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), realizada no domingo, em Phnom Penh, capital do Camboja.Apesar de a Ucrânia não integrar o G20, o presidente Volodymyr Zelensky foi convidado pelo homólogo indonésio, Joko Widodo, presidente em exercício do grupo, a discursar por videoconferência.
A cimeira na chamada “ilha dos deuses” ficou já marcada por um encontro presencial inédito entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, na segunda-feira.
Além de Xi, Biden, Macron e do anfitrião, Widodo, participam os presidentes Recep Tayyip Erdogan (Turquia), Yoon Suk-yeol (Coreia do Sul), Cyril Ramaphosa, (África do Sul) e Alberto Fernández (Argentina).
A lista inclui também os chefes de governo Olaf Scholz (Alemanha), Giorgia Meloni, (Itália) Rishi Sunak (Reino Unido), Fumio Ksihida (Japão) e Narendra Modi (Índia).
Os primeiros-ministros Anthony Albanese (Austrália), Justin Trudeau (Canadá) e Mohammad bin Salman (Arábia Saudita) estão igualmente em Bali, tal como o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, neste caso como convidado.
A União Europeia, que também integra o G20, enviou os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel.
Além da Rússia, dois outros países estão representados pelos chefes da diplomacia, o Brasil, por Carlos Alberto França, e o México, por Marcelo Ebrard.
Em Bali, também estão o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, entre outros representantes institucionais.
Além de Xi, Biden, Macron e do anfitrião, Widodo, participam os presidentes Recep Tayyip Erdogan (Turquia), Yoon Suk-yeol (Coreia do Sul), Cyril Ramaphosa, (África do Sul) e Alberto Fernández (Argentina).
A lista inclui também os chefes de governo Olaf Scholz (Alemanha), Giorgia Meloni, (Itália) Rishi Sunak (Reino Unido), Fumio Ksihida (Japão) e Narendra Modi (Índia).
Os primeiros-ministros Anthony Albanese (Austrália), Justin Trudeau (Canadá) e Mohammad bin Salman (Arábia Saudita) estão igualmente em Bali, tal como o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, neste caso como convidado.
A União Europeia, que também integra o G20, enviou os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel.
Além da Rússia, dois outros países estão representados pelos chefes da diplomacia, o Brasil, por Carlos Alberto França, e o México, por Marcelo Ebrard.
Em Bali, também estão o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, entre outros representantes institucionais.
Em conjunto, o G20 representa 60 por cento da população mundial, 80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) global e 75 por cento das exportações em todo o mundo, segundo dados da presidência indonésia do grupo.
A cimeira ocorre 20 anos depois de um atentado terrorista na ilha turística que provocou 202 mortos de 23 nacionalidades, incluindo um português.
Para garantir a segurança, a Indonésia mobilizou 18 mil militares e polícias para a área de Nusa Dua, no sul de Bali, onde os participantes estão alojados em 20 hotéis.
E para a eventualidade de um desastre natural numa ilha situada no Anel de Fogo do Pacífico, propensa a sismos, tsunamis e erupções vulcânicas, 1.500 elementos das forças de segurança estão preparados para retirar os participantes para locais seguros.
A cimeira ocorre 20 anos depois de um atentado terrorista na ilha turística que provocou 202 mortos de 23 nacionalidades, incluindo um português.
Para garantir a segurança, a Indonésia mobilizou 18 mil militares e polícias para a área de Nusa Dua, no sul de Bali, onde os participantes estão alojados em 20 hotéis.
E para a eventualidade de um desastre natural numa ilha situada no Anel de Fogo do Pacífico, propensa a sismos, tsunamis e erupções vulcânicas, 1.500 elementos das forças de segurança estão preparados para retirar os participantes para locais seguros.
Declaração conjunta deverá condenar guerra na Ucrânia
A maioria dos membros do G20 condena a guerra na Ucrânia e destaca as devastadoras consequências humanas e económicas globais, numa declaração que deverá ser aprovada na cimeira do grupo em Bali, segundo a agência EFE.
O texto, ao qual a agência de notícias teve acesso, menciona a "guerra na Ucrânia", ao contrário do que se esperava, devido à firme oposição de Moscovo em referir-se desta forma ao conflito que iniciou contra o país vizinho.
Ainda de acordo com a EFE, o documento destaca o "imenso sofrimento humano" e os problemas que a guerra provocou à escala global em termos de abastecimento energético, segurança alimentar ou riscos de instabilidade financeira, embora também dê a conhecer as diferentes posições dos 20 países sobre a questão.Nenhuma reunião ministerial do G20 desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, logrou emitir um documento de consenso devido às diferenças entre os membros quando se trata de incluir alusões ao conflito e em que termos fazê-lo.
A declaração conjunta admite que houve "outras posições" sobre a situação na Ucrânia durante as discussões em Bali e reconhece que o G20 não é o evento mais indicado para a resolução de questões de segurança como esta.
A declaração, que ainda deve ser aprovada pelos líderes do G20, entre a sessão de hoje e a de quarta-feira, vai ao encontro do que foi avançado pelos representantes da União Europeia e dos Estados Unidos, promotores de uma condenação firme de Moscovo nesta cimeira.
António Guterres propõe pacto histórico
O secretário-geral das Nações Unidas propõe, em nome da solidariedade entre os povos, um pacto histórico entre os países mais ricos e os mais pobres.
“Propomos um pacto histórico entre as economias desenvolvidas e emergentes, um pacto de solidariedade climática que combine as necessidades e os recursos das economias desenvolvidas e emergentes em prol de todos". Segundo Guterres, “a ação ou inação do G20 irá determinar de todos os membros da nossa família humana têm a hipótese de viver de forma sustentável e pacífica num planeta saudável. Eles endividaram esforços adicionais nesta década para manter vivo o limite de 1,5 graus.”
E defende que “os países mais ricos e as instituições financeiras internacionais prestem auxílio financeiro e técnico para ajudar as economias emergentes a acelerar a sua transição para energias renováveis.”
“O pacto de solidariedade climática pode salvar vidas, modos de vida e o nosso planeta”, sublinhou.
O secretário-geral das Nações Unidas propõe, em nome da solidariedade entre os povos, um pacto histórico entre os países mais ricos e os mais pobres.
“Propomos um pacto histórico entre as economias desenvolvidas e emergentes, um pacto de solidariedade climática que combine as necessidades e os recursos das economias desenvolvidas e emergentes em prol de todos". Segundo Guterres, “a ação ou inação do G20 irá determinar de todos os membros da nossa família humana têm a hipótese de viver de forma sustentável e pacífica num planeta saudável. Eles endividaram esforços adicionais nesta década para manter vivo o limite de 1,5 graus.”
E defende que “os países mais ricos e as instituições financeiras internacionais prestem auxílio financeiro e técnico para ajudar as economias emergentes a acelerar a sua transição para energias renováveis.”
“O pacto de solidariedade climática pode salvar vidas, modos de vida e o nosso planeta”, sublinhou.
O secretário-geral das Nações Unidas manifestou ainda o seu "otimismo" quanto às possibilidades de renovação do acordo que facilita a exportação de cereais e fertilizantes russos e ucranianos e que expira no próximo sábado.
Guterres disse que aproveitará a sua participação na cimeira de líderes do G20 (o grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes), realizada em Bali, para abordar o acordo com representantes das delegações da Rússia e da Ucrânia.
Encontros à margem da cimeira Guterres disse que aproveitará a sua participação na cimeira de líderes do G20 (o grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes), realizada em Bali, para abordar o acordo com representantes das delegações da Rússia e da Ucrânia.
À margem da cimeira do G20 têm decorrido vários encontros entre chefes de Estado. Ontem Joe Biden e Xi Jinping estiveram reunidos. O líder chinês manteve também um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macrom.
Com o presidente norte-americano a criticar as "ações cada vez mais agressivas" da China em relação a Taiwan e Xi Jinping a enfatizar que essa questão "é a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada" nas relações entre os EUA e a China. Apesar disso, Biden acredita que "não há qualquer tentativa iminente" por parte da China de invadir Taiwan e defende que "não é preciso haver uma Guerra Fria" entre Washington e Pequim.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ao homólogo chinês, Xi Jinping, que interceda junto do líder russo, Vladimir Putin, para que volte à "mesa de negociações" para debater o conflito da Ucrânia, informou o Eliseu.
França pede à China que convença Putin a negociar https://t.co/TTmKN8M3pY
— RTPNotícias (@RTPNoticias) November 15, 2022
Emmanuel Macron "pede que a China contribua para (...) enviar mensagens ao presidente Putin para evitar a escalada e voltar seriamente à mesa de negociações", indicou a presidência francesa.
c/ agências