Rússia abateu 130 drones e Kiev denuncia mais ataques a estruturas elétricas

As defesas antiaéreas russas derrubaram hoje 130 drones (aeronaves telepilotadas) de asa fixa, e por isso com maior autonomia, sobre 10 regiões do território e também na anexada península da Crimeia, anunciou o Ministério da Defesa da Federação Russa.

Lusa /
Gleb Garanich - Reuters

Por seu turno, a principal empresa energética ucraniana, Ukrenergo, denunciou ataques russos a várias infraestruturas de três zonas, igualmente com drones, e registo de danos e `apagões` em Dnipropetrovsk e Zaporijia.

"Desde as 23:00 de Moscovo (20:00, de Lisboa) de 12 de novembro até às 08:00 (05:00 de Lisboa) de 13 de novembro, os sistemas de defesa aérea intercetaram e destruíram 130 veículos aéreos não tripulados ucranianos de asa fixa", lê-se no comunicado oficial dos militares russos, publicado na rede Telegram.

Segundo a mesma fonte, 84 dos drones foram abatidos nas zonas de Kursk (32), Belgorod (32) e Voronezh (20), todas fronteiriças com a vizinha e agora inimiga Ucrânia.

Sete outros aparelhos do género foram destruídos sobre a Crimeia e 17 sobre as águas do mar Negro, que banha a península invadida pela Rússia em 2014.

Os espaços aéreos foram encerrados e as operações de voo previstas foram suspensas nas estruturas aeroportuárias de Tambov, Guelenzhik, Krasnodar e Kaluga, por razões de segurança.

O objetivo das forças militares da Ucrânia, invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, é dificultar os reabastecimentos do exército inimigo e `minar` a capacidade de o país vizinho exportar crude e produtos derivados, uma importante fonte de financiamento.

Do lado ucraniano, a Ukrenergo publicou um comunicado em que descreve que, "durante a noite, foram atacadas também infraestruturas energéticas da região de Odessa", estando a ser realizados trabalhos para restabelecer o fornecimento do serviço aos consumidores.

Dnipropetovsk localiza-se no centro-leste da Ucrânia e Zaporijia, no sudeste, parcialmente ocupado pelas forças militares russas Rússia e cenário de intensos combates.

A Federação Russa tem estado a levar a cabo este outono uma campanha de bombardeamentos contra as estações e subestações de produção e distribuição de eletricidade ucranianas que obrigam as autoridades do setor a fazer `apagões` e a racionar os serviços.

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