Mundo
Guerra na Ucrânia
Ucrânia. Zelensky propõe encontro trilateral com Trump e Putin
Volodymyr Zelensky propôs uma reunião trilateral com os homólogos norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, para fazer avançar as negociações de paz sobre a guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que apelou a Washington para impor novas sanções contra Moscovo. A Rússia, por sua vez, disse que vai anunciar uma nova ronda de negociações diretas com a Ucrânia "em breve".
"Estamos prontos para o formato Trump-Putin-eu", disse o presidente ucraniano numa conferência de imprensa que foi gravada na terça-feira e transmitida esta quarta-feira de manhã.
"Se Putin não se sentir confortável com uma reunião bilateral, ou se todos quiserem uma reunião trilateral, não me importo. Estou pronto para qualquer formato", acrescentou Volodymyr Zelensky, que é esperado em Berlim esta quarta-feira.
Zelensky disse que a Rússia propôs que as negociações decorressem na Bielorrússia, mas afirmou que isto é “impossível para a Ucrânia”. Em vez disso, propôs a Turquia, o Vaticano e a Suíça como possíveis anfitriões.
O presidente ucraniano instou ainda Washington a impor novas sanções contra a Rússia, que até agora rejeitou a ideia de um cessar-fogo geral e incondicional de 30 dias com a Ucrânia, proposto pelos Estados Unidos e apoiado por Kiev.
"Esperamos sanções dos Estados Unidos", especialmente contra o "setor energético e o sistema bancário" da Rússia, disse Zelensky.
A Rússia, por sua vez, disse que vai anunciar uma nova ronda de negociações diretas com a Ucrânia “em breve”, sublinhando que o estatuto neutral da Ucrânia continua a ser uma das principais exigências da Rússia nas conversações de paz.
Na semana passada, após uma chamada telefónica com o presidente norte-americano, Vladimir Putin abriu caminho a contactos com Kiev ao concordar trabalhar com a Ucrânia num memorando sobre um possível acordo de paz.
Zelensky disse na terça-feira que ainda não recebeu este memorando, garantindo que a Ucrânia vai analisar as propostas e enviar uma resposta a Moscovo assim que receber o documento.
Rússia diz ter abatido centenas de drones ucranianos
Enquanto isso, a Rússia e a Ucrânia continuam os intensos ataques na região. Na última noite, as defesas aéreas russas destruíram ou intercetaram perto de 300 drones ucranianos em 13 regiões do país, incluindo Moscovo. O ataque maciço levou à suspensão de voos em pelo menos dois aeroportos na capital russa.
O Ministério russo da Defesa disse ter abatido 112 drones entre as 21h00 e a meia-noite desta quarta-feira. Cinquenta e nove destes drones foram intercetados sobre a região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, e os restantes em cinco regiões diferentes.
"Esta noite, a região de Moscovo foi alvo de um ataque com drones. As defesas aéreas foram ativadas em 12 municípios da região. No total, 42 drones foram abatidos até o momento", escreveu Vorobyov ao início da manhã desta quarta-feira na rede social Telegram.
De acordo com o governador, três prédios residenciais foram danificados na sequência deste ataque, um dos maiores desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O Kremlin alertou na terça-feira para a intensificação dos ataques com drones ucranianos contra território russo, considerando que estes ataques não facilitam o progresso no processo de paz.
A Ucrânia, por sua vez, anunciou que nove pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, num ataque com drones russos que atingiram a cidade de Kharkiv.
Na semana passada, a Rússia lançou um ataque maciço com drones contra várias cidades ucranianas, provocando pelo menos 12 mortos. Segundo o presidente ucraniano, Moscovo lançou mais de 900 drones entre sábado e segunda-feira, sendo já considerado um dos maiores ataques deste tipo desde que Moscovo iniciou a guerra em grande escala, no início de 2022.
Zelensky diz que Putin enviou mais de 50 mil soldados para Sumy
No campo de batalha, Zelensky diz que a Rússia colocou mais de 50 mil soldados perto da região de Sumy, no norte da Ucrânia, em preparação para uma possível ofensiva contra este território fronteiriço, onde Moscovo pretende criar uma "zona tampão" para impedir as incursões de Kiev.
"As suas maiores e mais poderosas forças estão atualmente na Frente de Kursk", disse Zelensky aos jornalistas na terça-feira. "Para expulsar as nossas tropas da região de Kursk e preparar ações ofensivas contra a região de Sumy", acrescentou.
"Se Putin não se sentir confortável com uma reunião bilateral, ou se todos quiserem uma reunião trilateral, não me importo. Estou pronto para qualquer formato", acrescentou Volodymyr Zelensky, que é esperado em Berlim esta quarta-feira.
Zelensky disse que a Rússia propôs que as negociações decorressem na Bielorrússia, mas afirmou que isto é “impossível para a Ucrânia”. Em vez disso, propôs a Turquia, o Vaticano e a Suíça como possíveis anfitriões.
O presidente ucraniano instou ainda Washington a impor novas sanções contra a Rússia, que até agora rejeitou a ideia de um cessar-fogo geral e incondicional de 30 dias com a Ucrânia, proposto pelos Estados Unidos e apoiado por Kiev.
"Esperamos sanções dos Estados Unidos", especialmente contra o "setor energético e o sistema bancário" da Rússia, disse Zelensky.
A Rússia, por sua vez, disse que vai anunciar uma nova ronda de negociações diretas com a Ucrânia “em breve”, sublinhando que o estatuto neutral da Ucrânia continua a ser uma das principais exigências da Rússia nas conversações de paz.
Na semana passada, após uma chamada telefónica com o presidente norte-americano, Vladimir Putin abriu caminho a contactos com Kiev ao concordar trabalhar com a Ucrânia num memorando sobre um possível acordo de paz.
Zelensky disse na terça-feira que ainda não recebeu este memorando, garantindo que a Ucrânia vai analisar as propostas e enviar uma resposta a Moscovo assim que receber o documento.
Rússia diz ter abatido centenas de drones ucranianos
Enquanto isso, a Rússia e a Ucrânia continuam os intensos ataques na região. Na última noite, as defesas aéreas russas destruíram ou intercetaram perto de 300 drones ucranianos em 13 regiões do país, incluindo Moscovo. O ataque maciço levou à suspensão de voos em pelo menos dois aeroportos na capital russa.
O Ministério russo da Defesa disse ter abatido 112 drones entre as 21h00 e a meia-noite desta quarta-feira. Cinquenta e nove destes drones foram intercetados sobre a região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, e os restantes em cinco regiões diferentes.
"Esta noite, a região de Moscovo foi alvo de um ataque com drones. As defesas aéreas foram ativadas em 12 municípios da região. No total, 42 drones foram abatidos até o momento", escreveu Vorobyov ao início da manhã desta quarta-feira na rede social Telegram.
De acordo com o governador, três prédios residenciais foram danificados na sequência deste ataque, um dos maiores desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O Kremlin alertou na terça-feira para a intensificação dos ataques com drones ucranianos contra território russo, considerando que estes ataques não facilitam o progresso no processo de paz.
A Ucrânia, por sua vez, anunciou que nove pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, num ataque com drones russos que atingiram a cidade de Kharkiv.
Na semana passada, a Rússia lançou um ataque maciço com drones contra várias cidades ucranianas, provocando pelo menos 12 mortos. Segundo o presidente ucraniano, Moscovo lançou mais de 900 drones entre sábado e segunda-feira, sendo já considerado um dos maiores ataques deste tipo desde que Moscovo iniciou a guerra em grande escala, no início de 2022.
Zelensky diz que Putin enviou mais de 50 mil soldados para Sumy
No campo de batalha, Zelensky diz que a Rússia colocou mais de 50 mil soldados perto da região de Sumy, no norte da Ucrânia, em preparação para uma possível ofensiva contra este território fronteiriço, onde Moscovo pretende criar uma "zona tampão" para impedir as incursões de Kiev.
"As suas maiores e mais poderosas forças estão atualmente na Frente de Kursk", disse Zelensky aos jornalistas na terça-feira. "Para expulsar as nossas tropas da região de Kursk e preparar ações ofensivas contra a região de Sumy", acrescentou.
Sumy fica do outro lado da fronteira com a região russa de Kursk, onde a Ucrânia já tinha tomado e mantido um pedaço de terra durante meses, antes de ser quase totalmente expulsa no mês passado, embora diga que ainda mantém algumas áreas ali.
c/ agências