Biden apela a Hamas que aceite proposta de cessar-fogo em Gaza

por Antena 1

Foto: Yuri Gripas - EPA

O presidente dos Estados Unidos apelou ao Hamas que aceite a última proposta de cessar-fogo em Gaza, que prevê a libertação de alguns reféns. Numa conferência de imprensa, Joe Biden disse ainda que foi direto com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ao sublinhar a necessidade de Israel permitir mais ajuda humanitária a Gaza.

“A bola está do lado do Hamas, eles devem avançar com a proposta que lhes foi feita”, disse Biden durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Washington.

Na mesma ocasião, o líder da Casa Branca sustentou que Israel não estava a permitir a entrada de ajuda suficiente na Faixa de Gaza, onde a guerra entre as forças de Telavive e o Hamas já dura há mais de seis meses, mergulhando o território numa grave crise humanitária.
Ao mesmo tempo, apesar das divergências de Washington com a forma como Israel conduz a guerra no enclave palestiniano, o Presidente norte-americano declarou que o compromisso com a segurança israelita face às ameaças do Irão “é blindado”.

“Como disse ao primeiro-ministro [israelita, Benjamin] Netanyahu, o nosso compromisso com a segurança de Israel contra as ameaças do Irão e dos seus grupos aliados é blindado”, afirmou Biden, referindo-se às ameaças de retaliação de Teerão após um ataque atribuído às forças de Telavive ter matado sete militares da Guarda Revolucionária no consulado iraniano em Damasco.

E insistiu: “Volto a dizer: blindado. Faremos tudo o que pudermos para proteger a segurança de Israel".

No seu encontro, Biden e Kishida falaram sobre a segurança de Israel, mas também sobre a guerra na Faixa de Gaza, onde ambos apoiam a proposta de uma trégua que aliviaria a crise humanitária e a libertação dos reféns em posse do Hamas.

Além disso, o Presidente dos Estados Unidos referiu-se mais uma vez à possibilidade de Washington poder mudar a sua posição em relação ao conflito, como advertiu a Netanyahu se Israel continuasse com a sua estratégia atual.

“Veremos o que [Netanyahu] fará em termos de cumprir os compromissos que assumiu comigo”, referiu.
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