Os militares israelitas emitiram novas ordens de evacuação no norte da Faixa de Gaza depois de terem realizado ataques em todo o enclave que, provocaram mais de 30 mortos em Gaza e nas Cisjordânia ocupada nas últimas 24 horas.
O Ministério da Saúde de Gaza não confirmou de imediato as mortes.
Os militares israelitas afirmaram, sem dar pormenores, que as suas forças tinham “eliminado os terroristas” no centro da Faixa de Gaza e na zona de Jabalia. As tropas israelitas também localizaram armas e explosivos durante o último dia na zona sul de Rafah, onde foram eliminados “locais de infraestruturas terroristas”.
Esta terça-feira, aviões israelitas lançaram panfletos sobre Beit Lahiya, uma cidade localizada a norte de Jabalia, ordenando aos residentes que ainda não abandonaram as suas casas e os abrigos que albergam famílias deslocadas que abandonem completamente a cidade.
“A todos os que ficaram em casa e nos abrigos, estão a arriscar as vossas vidas. Para vossa segurança, têm de se dirigir para sul”, dizia o folheto, escrito em árabe, avança a Reuters.
Os palestinianos afirmam que os novos ataques e as ordens israelitas de evacuação têm como objetivo esvaziar duas cidades do norte de Gaza e um campo de refugiados para criar zonas tampão.
A violência tem aumentado na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, com rusgas quase diárias das forças israelitas que envolveram milhares de detenções e tiroteios regulares entre as forças de segurança e os combatentes palestinianos.
A guerra começou depois de militantes liderados pelo Hamas terem atacado Israel a 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1200 pessoas e levando 251 reféns de volta a Gaza, de acordo com os registos israelitas.
Ao anunciar uma rara transferência de pacientes para fora de Gaza, um funcionário da Organização Mundial de Saúde disse que mais de 100 pessoas seriam evacuadas de Gaza na quarta-feira, incluindo crianças que sofrem de lesões traumáticas e doenças crónicas.
As pessoas viajarão através da passagem de Kerem Shalom com Israel antes de voarem para os Emirados Árabes Unidos, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS para os Territórios Palestinianos Ocupados, à Reuters.
Alguns seguirão depois para a Roménia, disse, acrescentando que 12 mil pessoas aguardam transferência.