O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que a proibição imposta pelo governo israelita à agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) seja implementada "de forma imediata".
Netanyahu "ordenou que a lei da UNRWA, aprovada pelo Knesset (parlamento israelita) com amplo apoio, seja implementada de forma imediata", disse o gabinete do primeiro-ministro na noite de segunda-feira na rede social X.
De acordo com o comunicado, não existem "quaisquer restrições" à aplicação da ordem de Netanyahu.
A 30 de janeiro, Israel proibiu a UNRWA de continuar a operar em território israelita, incluindo em Jerusalém Oriental, que Israel conquistou na guerra do Médio Oriente de 1967 e anexou à capital, numa ação não reconhecida internacionalmente.
Mas até à data, as escolas, clínicas e centros de formação da agência continuam a funcionar com relativa normalidade.
Além da proibição, o parlamento israelita estabeleceu também uma "lei de não contacto" que impede qualquer agência governamental de cooperar com a UNRWA, pelo que mais de 50 trabalhadores estrangeiros não puderam renovar os vistos.
Há meses que as autoridades israelitas acusam os funcionários da UNRWA de colaborarem com o grupo islamita palestiniano Hamas, embora não tenham sido apresentadas provas.
Em 4 de fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu congelar o financiamento da UNRWA, instando-a a "pôr os seus assuntos em ordem".